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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
BRASIL: A polícia investiga se a morte da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos - encontrada morta e com o corpo carbonizado no dia 11 de agosto -, teve a participação de mais uma pessoa.
Investigadores da 35ª DP, em Campo Grande, apuram a atuação de Edson Alves Viana Junior na história e se ele tem relação com o crime. Edson é irmão de Paula Custódio, que está presa preventivamente pela suspeita de matar a professora.
A filha dela, uma menina de 14 anos, e com quem Vitória teve um relacionamento, também foi levada para uma uma instituição correcional para adolescentes.
O nome de Edson chegou até os policiais em dois momentos: primeiro no depoimento de uma testemunha, que afirmou tê-lo visto com Paula na escola em que que Vitória dava aula, e depois por meio de extratos bancários que mostravam que a conta dele foi beneficiária de alguns Pix feitos pela conta de Vitória enquanto ela estava desaparecida.
“Uma das testemunhas contou que a Vitória ajudava financeiramente a menor com quem tinha um relacionamento. Ao terminar o namoro, a ajuda também teria terminado, e a Paula foi com o irmão até a escola em que a professora trabalhava para tirar satisfações”, conta o delegado Victor Maranhão, que investiga o caso.
A polícia quer ouvi-lo para entender como o dinheiro de Vitória foi parar em sua conta, e o que ele e Paula disseram à professora quando encontraram com ela na tarde do dia 10 de agosto.
O corpo de Vitória foi encontrado no dia 11 em uma praça na comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio. O reconhecimento do corpo só foi possível porque uma de suas digitais não foi completamente destruída pelo fogo.
As suspeitas de terem cometido o crime são Paula Custódia Vasconcelos, de 33 anos, e a filha dela, uma menor de 14 anos, que é apontada como ex-namorada da professora Vitória.
Testemunhas contaram à polícia que Paula e seu irmão estiveram na escola em que Vitória dava aula, na quinta-feira (10), para uma conversa. A professora teria pedido para falar mais longe do local de trabalho, e teria marcado um encontro à noite. Vitória saiu da casa da mãe no dia 10, às 21h, e não foi mais vista.
Na madrugada da sexta-feira(11), a mãe da professora, Mária Zélia Romana Graça recebeu um telefonema dizendo que Vitória estava sequestrada e exigindo um resgate de R$ 2 mil.
Ela procurou a 35ª DP, em Campo Grande, para relatar o caso. Na sequência, policiais souberam que duas mulheres haviam sido expulsas da comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará, e foram checar se os casos tinham alguma relação.
Lá souberam do corpo carbonizado e encontraram Paula e sua filha nas imediações da comunidade. A mãe da jovem foi presa em flagrante, e teve a prisão convertida em preventiva, e a menina apreendida em uma instituição correcional para adolescentes.