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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
BRASIL: O inspetor-chefe dos Transportes de Niterói é alvo nesta quinta-feira (17) de uma operação da Polícia Civil do RJ contra um suposto esquema de propina envolvendo motoristas de vans que movimentava R$ 40 mil por mês. Mais de 100 condutores estão entre as vítimas.
Na casa de Wagner Pereira dos Santos, policiais encontraram R$ 100 mil guardados em um cofre, uma arma de air-soft, um distintivo não regulamentado — mas semelhante aos das polícias — e um colete. Segundo as investigações, esses acessórios eram usados para intimidar os motoristas.
A TV Globo apurou que Wagner se gabava em grupos nas redes sociais. A polícia encontrou nas investigações uma foto em que o inspetor-chefe faz uma careta com um maço de dinheiro.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) cumpriu 8 mandados de busca e apreensão contra Wagner e outros investigados, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Niterói. Não houve prisões.
No meio da manhã, a Prefeitura de Niterói disse que Wagner foi afastado.
As investigações começaram com uma denúncia anônima sobre a cobrança de propina para que vans pudessem estacionar no entorno do Terminal Rodoviário João Goulart, no Centro, sem o risco de serem multadas.
Ao longo da apuração, os próprios servidores expuseram o esquema e dizem que os inspetores normalmente extorquiam dos motoristas às sextas-feiras.
Os funcionários ainda afirmaram que Wagner assediava mulheres dentro da repartição.
“Estamos falando de forma ampla [de crime]. Ele optou por esse caminho, e a polícia e Judiciário os punirão de acordo com a lei. Ouvimos funcionários da prefeitura que corroboraram com as informações da extorsão”, destacou o delegado André Neves.
Ainda de acordo com as investigações, os pagamentos variavam entre R$ 30 e R$ 100 por semana e por motorista.
“A orientação para as vítimas desses agentes é procurar a Draco, que o caso está sob sigilo. Isso vai ajudar a identificar outros atores desse esquema criminoso”.