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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
BRASIL: Parentes e amigos do personal traineir Alef Vogado, 29 anos, reuniram-se, na manhã desta sexta-feira (18/8), na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Ceilândia, para uma missa de corpo presente em homenagem ao jovem assassinado. Bastante abalada pela perda do filho, Maria Estela, precisou ser amparada pela família, na entrada da igreja.
“Meu filho, eu só queria você comigo. Estou devastada. Não vou dar conta de ficar sem meu menino. Por que fizeram isso com ele?”, lamentou a mãe da vítima, desesperada. O jovem foi executado com nove tiros, em frente à porta de casa, na quarta-feira (16/8). O crime ocorreu no Setor O, também em Ceilândia. Ninguém foi preso até o momento.
A missa, que começou às 10h30, reuniu cerca de 3 mil pessoas. Alef era conhecido na região por participar ativamente da vida religiosa na paróquia. Após o fim da homenagem, o caixão com o corpo do personal trainer seguiu para ser velado no Cemitério de Taguatinga. O enterro está marcado para as 14h30.
Irmão de consideração de Alef, Vinícius Alencar Vilela contou que eles os dois se conheciam havia mais de 10 anos. O amigo descreveu o jovem assassinado como “alguém do céu”.
“Ele entendeu que não era aqui da Terra. Entendeu que era do céu e que vivia uma eterna despedida. Nunca deixava nada para depois. Fazia no hoje, amava no hoje e perdoava no hoje. Desde que o conheci, surgiu uma irmandade. Coração melhor que o dele não tinha”, disse Vinícius.
Desde os 15 anos, o personal trainer desenvolvia projetos e ações sociais para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade no DF. Na igreja, ele atuava como coordenador do grupo Jovens em Cristo e vice-presidente do Instituto Faça o Bem.
O nome da instituição, segundo o presidente dela, Jonathas Sousa, foi escolhido a dedo por Alef. “Essa era uma frase que ele usava sempre. Inclusive, pintou- na parede de casa: ‘Faça o bem, porque o mundo vai mal’. Assim, trilhamos juntos o caminho social e de incentivo à cultura e social”, relembra.
Para Jonathas, o amigo era a pessoa mais pacificadora e caridosa que ele já conheceu. “Quando Alef chegava, todo lugar se enchia de luz. Era um cara que gostava de estar com pessoas. Muitos trabalhos que ele fazia era com pessoas em situação de rua. Perde quem o conhece, mas também, quem não o conheceu”, lamenta.