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Professor da UEPG é demitido após enviar mensagens com conteúdo sexual para aluna

Advogadas de Luciano Ribeiro Bueno afirmaram que caso aconteceu quando professor passava por problemas psicológicos


G1

Publicada em: 21/08/2023 10:13:28 - Atualizado

BRASIL: O professor Luciano Ribeiro Bueno, do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), foi demitido por assédio sexual contra uma acadêmica após a conclusão de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

De acordo com o relatório final do processo, ao qual o g1 teve acesso, o docente cometeu o assédio sexual em julho de 2022, por meio de mensagens escritas, áudios e vídeos.

A acadêmica denunciou o caso à Ouvidoria da UEPG. A demissão foi publicada em 9 de agosto de 2023 no Diário Oficial do Paraná.

Em uma das mensagens de áudio, ele perguntou o que a estudante queria para fazer sexo com ele.

"O que você que pra m**e gostoso comigo? E dai, o que você que. Diga ai"

As advogadas de Luciano disseram que não houve provas que o professor agiu "no sentido de se valer de seu cargo para ofender a aluna em questão".

Segundo a defesa, o caso aconteceu em um momento em que o professor passava por problemas psicológicos, como “transtorno depressivo grave e Síndrome de Burnout”, que levaram ele a “interpretar equivocadamente as mensagens trocadas com sua aluna fora do ambiente de sala de aula”.

Por meio de nota, as advogadas afirmam que devem levar à análise da Justiça o decreto de demissão do professor. Leia a íntegra ao final da reportagem.

Ao g1, a vítima disse que prefere não se manifestar sobre o caso porque "já está tudo resolvido".

Conforme o processo, Luciano estava afastado desde agosto de 2022. Quando enviou as mensagens, ele era chefe adjunto do Departamento de Economia, com vencimentos de R$ 10.959,38.

Mensagens começaram com oferta de 'ajuda'

Luciano Ribeiro Bueno era professor colaborador da UEPG desde 2003. Em 2012, foi admitido como professor de carreira e, de 2016 a 2020, foi chefe do Departamento de Economia.

O contato do professor com aluna, por meio do WhatsApp, começou na madrugada de 21 de julho de 2022, com duas mensagens. Ele as apagou e, pela manhã, enviou novas mensagens se apresentando.

Conforme a conversa avança, ele questiona o motivo dela não estar indo para aula.

Depois, ele disse que ela tirou nota baixa em um trabalho e ofereceu a possibilidade de a acadêmica refazê-lo. Afirmou, também, que poderia passar as questões via WhatsApp.

À noite, o professor retoma a conversa e pergunta novamente se ela gostaria de receber as questões. Após não ter resposta, ele disse para a aluna que ela o deixa excitado.

“Você sempre olha nos meus olhos. Olha o status. Vai gostar. Vai querer a chance? [...] Deixa prof de r**a dura. Vamos sair? O que quer? Vamos marcar?".


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