Fundado em 11/10/2001
porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
BRASIL: A esposa do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como “Marcola”, afirmou que o marido estaria sendo submetido a "um método de tortura" no Presídio Federal do Distrito Federal. Segundo uma nota emitida pela defesa de Marcola, Cynthia Giglioli Herbas Camacho diz que o chefe da facção criminosa teria perdido cerca de 20kg e cita uma suposta comida "imprópria para consumo", além de criticar a qualidade dos alimentos fornecidos. "Nós familiares não queremos que sirvam lagosta, e sim, apenas uma comida possível de se comer." Marcola está na penitenciária de segurança máxima do DF desde 25 de janeiro, quando foi transferido de Porto Velho (RO).
Segundo Cynthia, a unidade isolou o marido como se “estivesse em um pavilhão inteiro só para ele, vivendo em completa solidão”. A mulher também relata que um dos três presos que estão nas celas ao lado é um detento que cumpria pena na penitenciária de Porto Velho, e que Marcola evitaria sair para o banho de sol com o homem, apelidado pelo líder da facção como “pistoleiro”.
No começo de agosto, Marcola foi levado de helicóptero a uma unidade pública de saúde para a realização de exames de rotina. Toda a operação contou com um forte esquema e a atuação de várias forças de segurança. Na ocasião, o líder do PCC realizou coleta de sangue e uma endoscopia que, segundo o advogado de Camacho, foram solicitadas previamente.
Outro ponto criticado pela esposa de Marcola são as visitas, que, segundo a família, são feitas com vidros blindados com duração de “apenas três horas, sem nenhum contato físico”. “Marco não recebe suas cartas enviadas, tampouco as enviadas pelos seus filhos semanalmente, quando as recebe, é somente após meses do envio”, completa.
Marcola acumula condenações que somam mais de 300 anos. Antes de ser transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em março do ano passado, Marcola já havia passado pela prisão do Distrito Federal.