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    porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024

“Queria ter ido em seu lugar”, diz pai da menina Heloísa morta por policiais da PRF no RJ

Com apenas 3 anos, a menina Heloísa dos Santos Silva morreu no sábado (18/9) após ser baleada por um agente da PRF durante operação


metropoles

Publicada em: 18/09/2023 15:36:49 - Atualizado

BRASIL: Em homenagem publicada nas redes sociais, o pai da menina Heloísa dos Santos Silva, morta por tiro durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), declarou-se à sua filha. “Você jamais será esquecida, jamais!”, afirmou Willian da Silva, nesta segunda-feira (18/9), um dia após o velório da criança.

A menina Heloísa do Santos, de apenas 3 anos, morreu no último sábado (16/9), após ter sido baleada por um policial da PRF, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

A família da criança fazia uma viagem em um carro de passeio, que começou a ser perseguido por uma equipe da PRF. Dentro do veículo, estavam Heloísa, os pais dela, a tia e uma irmã. O carro foi perseguido e alvejado por disparos feitos por policiais.

Na última quinta-feira (14/9), Heloísa sofreu uma parada cardiorrespiratória, que foi revertida pela equipe de saúde após seis minutos. A paciente estava internada no Hospital Adão Pereira Nunes. Neste sábado, ela sofreu uma nova parada cardiorrespiratória, mas, desta vez, os profissionais de saúde não conseguiram reverter o quadro.

Pai de Heloísa, Willian publicou, em suas redes sociais, uma homenagem à filha, que morreu baleada por um agente da PRF. No texto, ele diz que “queria poder ter ido” no lugar da filha e que ela “jamais será esquecida”.

Papai queria poder ter ido em seu lugar, tenha absoluta certeza disso, mas os planos de Deus não são os nossos, e quem sou eu para questioná-lo? No hospital, eu acreditei com todas as minhas forças, até o último segundo, e, mesmo com todos os aparelhos desligados, eu pensei, em algum momento, em ligar tudo de novo por conta própria, só queria sair de lá com você em meus braços e ir embora pra casa.

Lembro de todos os dias, quando você ia pra escola e nos dava aquele beijinho, toda linda, dentro daquele uniforme, e voltava cheia de canções novas e as coreografava.




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