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CPI dos Maus-Tratos aprova condução coercitiva de artista nu Wagner Schwartz


OGlobo

Publicada em: 09/11/2017 10:08:22 - Atualizado

BRASIL- A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos no Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira, requerimentos para a convocação coercitiva do artista Wagner Schwartz, responsável por uma performance artística de nudez no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).

A medida também vale para o curador da exposição, Gaudêncio Fidélis. Segundo informou a Agência Senado, como ambos não responderam ao convite para as audiências da comissão em São Paulo, eles serão conduzidos por força policial.

O objetivo da CPI dos Maus-Tratos é investigar as irregularidades e os crimes relacionados aos maus-tratos em crianças e adolescentes no país. Elizabete Finger, que teria autorizado a filha a participar da performance com o artista Wagner Schwartzno, no MAM, compareceu a uma reunião reservada da CPI, mas preferiu não se pronunciar.

— A minha indagação era se ela não tinha conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente — afirmou o presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES).

A performance de Schwartz ocorreu na abertura do 35º Panorama de Arte Brasileira, no MAM. Um vídeo da intervenção do artista gerou polêmica no último 26 de setembro, no qual uma criança, acompanhada da mãe, tocava os pés dele, que se apresentava nu. A performance, batizada de "La bête", é uma releitura da obra "Bicho", da pintora e escultora Lygia Clark.

O debate sobre liberdade de expressão, censura e a relação entre arte e sexualidade ganhou força depois da polêmica causada recentemente pelo Santander Cultural de Porto alegre, que cancelou a exposição "Queermuseu – Cartografias da diferença da arte brasileira" após protestos nas redes sociais.



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