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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
BRASIL: O helicóptero que estava desaparecido no litoral de São Paulo desde o dia 31 de dezembro foi localizado nesta sexta-feira (12) em Paraibuna, de acordo com a Polícia Militar. Ainda não há informações sobre os ocupantes da aeronave.
A aeronave foi avistada por agentes que sobrevoavam a região a bordo do helicóptero Águia 24 da PM. O local é de difícil acesso e as equipes continuam os trabalhos para acessar os destroços da aeronave.
A Força Aérea Brasileira (FAB) vai enviar um helicóptero com equipe de resgate para verificar se há sobreviventes.
Familiares das quatro pessoas que estavam a bordo já estão cientes da localização do helicóptero. Eles realizavam buscas por conta própria desde os primeiros momentos desta sexta.
Na madrugada de hoje, parentes de vítimas se encontraram para começar uma busca por terra com auxílio de cães farejadores, cedidos por uma empresa especializada.
Pela manhã, os familiares contaram que estiveram na torre que detectou pela última vez o sinal do celular do piloto, no KM 54,5 da Rodovia dos Tamoios.
O helicóptero Robinson R-44 prefixo PR-HDB deixou o Campo de Marte, na capital paulista, no início da tarde do dia 31 de dezembro, com destino a Ilhabela, no litoral norte.
A aeronave sumiu dos radares cerca de duas horas depois. A bordo estavam o piloto Cassiano Tete Teodoro, 44 anos; o empresário Raphael Torres, de 41, que teria contratado o voo para passear na praia com a amiga Luciana Rodzewics, de 46 anos, e a filha dela, Letícia Rodzewics, de 20.
O helicóptero Robinson R44 de prefixo PR-HDB decola do aeroporto Campo de Marte, na cidade de São Paulo, com destino a Ilhabela, no litoral norte do estado.
Pouco depois da decolagem, a comerciante Luciana Rodzewics, 46 anos, postou no Instagram da loja em que é proprietária um vídeo da aeronave decolando.
Filha de Luciana, Letícia Rodzewics, 20, que também estava no voo, envia mensagem ao namorado dizendo que havia muita neblina e que o piloto tentaria voltar. Ela revela que a aeronave fez um pouso de emergência, mas não soube precisar o local exato.
O empresário Raphael Torres, 41, que também estava no voo, envia uma mensagem de áudio ao filho dizendo que o tempo estava ruim e que a aeronave tentaria pousar em Ubatuba.
Em contato com o proprietário do heliponto onde faria o pouso, o piloto Cassiano Tete Teodoro, 44, revela que estava com dificuldades para cruzar a serra por causa do excesso de nuvens. Cassiano diz que tentaria elevar a altitude e que tentaria achar um “buraco” –jargão da aviação que significa um ponto de céu limpo.
Cassiano e o dono do heliponto se falam novamente. O piloto volta a reclamar das condições climáticas e diz que não estava conseguindo subir a camada de nuvens;
O piloto diz ao proprietário do heliponto que iria tentar voar por cima das nuvens.
O heliponto faz novo contato com a aeronave, mas não há retorno.
O Comando de Aviação da Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros de São Paulo geraram um alerta para possível queda do helicóptero.
A Força Aérea Brasileira inicia as buscas pelo helicóptero. Um avião SC-105 Amazonas decolou de Campo Grande (MS) para o Vale do Paraíba para fazer a varredura.
A aeronave tem um radar com capacidade de alcance de até 360 quilômetros. O avião conta também com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho. “Isso permite realizar buscas pelo calor, permitindo detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação ou uma pessoa no mar”, diz a Força Aérea.
O celular de Luciana Rodzewics, que até então estava ativo, deixa de emitir sinal.
O corpo de um homem foi localizado às margens de uma represa em Natividade da Serra, no Vale do Paraíba. Autoridades que participam das buscas suspeitaram que o cadáver pudesse ter relação com o desaparecimento do helicóptero.
A Defesa Civil e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmaram que não há nenhum indício de que o corpo encontrado às margens da represa em Natividade da Serra tenha relação com a aeronave que desapareceu no dia 31.
A Força Aérea Brasileira reforçou as buscas pela aeronave desaparecida. Para isso, passou a usar na operação de resgate um helicóptero Black Hawk, um equipamento militar de médio porte utilizado em missões de de busca e salvamento.
Mesmo após oito dias de buscas, o porta-voz Comando de Aviação da Polícia Militar de São Paulo, o major Cesar Augusto Silva afirmou que a corporação ainda tinha esperança de encontrar com vida as quatro pessoas que estavam a bordo do Robinson R44.
Familiares dos passageiros decidiram contratar profissionais para fazer uma busca paralela. Além disso, os parentes contam com voluntários para tentar encontrar vestígios da aeronave. A equipe é composta, basicamente por mateiros e por operadores de drones.
Buscas chegam ao décimo dia. A Polícia Civil tenta utilizar dados de localização emitidos pelos celulares dos passageiros para obter pistas.
Vídeos divulgados à imprensa mostram que câmeras de segurança instaladas em prédios públicos da Prefeitura de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, e na Rodovia dos Tamoios, em Paraibuna, captaram imagens do que poderia ser o helicóptero trafegando pela região no dia do desaparecimento da aeronave.