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porto velho, domingo 22 de setembro de 2024
BRASIL: Em Brasília (DF), uma das principais florestas está pegando fogo desde o dia 14 de setembro, provocando uma camada cinza de fumaça e fuligem que cobre a cidade. Mais de 6% da área do Parque Nacional de Brasília , situado a poucos quilômetros do centro da capital, já foi consumida pelas chamas. O incêndio teve origem criminosa e se alastrou com muita facilidade, às vezes de forma subterrânea, passando por baixo de rios, queimando matas de galeria do cerrado a partir da raiz.
A situação da neblina cinzenta se repete em quase todas as capitais do Brasil. Em Porto Velho (RO) , a fumaça tem origem nos grandes incêndios da região amazônica , que sofre com a estiagem e com os efeitos do desmatamento. A taxa de incêndios na floresta dobrou em relação a 2023: foram mais de 30 mil focos de queimada de 1º a 16 de setembro, contra 26 mil em todo o mês no ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Em Porto Alegre (RS) , mesmo sem incêndios locais, os moradores relatam dificuldade de respirar por causa da poluição. Na cidade também já aconteceu o fenômeno da chuva preta , quando as águas da chuva se juntaram à fuligem de queimadas.
De acordo com dados do Copernicus, no dia 13 de setembro a concentração de partículas finas no ar da capital gaúcha chegou a ficar 394% superior à média registrada para setembro entre 2017 e 2023.
O Copernicus, programa de monitoramento de mudanças climáticas que verifica a qualidade do ar, apontou que de 11 a 18 de setembro praticamente todas as capitais brasileiras tiveram alguma piora em relação aos registros anteriores para o mês. A única exceção foi Teresina , capital do Piauí .
O serviço de monitoramento, pertencente à União Europeia, faz estimativas diárias da qualidade do ar no mundo por observações em satélites.