Fundado em 11/10/2001
porto velho, sábado 12 de julho de 2025
BRASIL: O Disque Denúncia do Rio de Janeiro divulgou, nesta quinta-feira (10), um cartaz com o objetivo de localizar a traficante Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, conhecida como “Diaba Loira”.
Natural de Santa Catarina, a criminosa ganhou notoriedade nas redes sociais por ostentar armas de grosso calibre e desafiar as autoridades com declarações provocativas como: “Não me entrego viva, só saio no caixão.”
Segundo investigações da Polícia Civil, Eweline passou a integrar o Comando Vermelho (CV) após sobreviver a uma tentativa de feminicídio em 2022, praticada por seu ex-companheiro.
Play Video
Na ocasião, sofreu um ferimento grave no pulmão e precisou ser submetida a cirurgia. Depois da recuperação, ela se mudou para o Rio de Janeiro, onde ingressou na facção criminosa que domina o tráfico de drogas na comunidade de Gardênia Azul, na Zona Oeste da cidade.
A “Diaba Loira” voltou a chamar atenção das autoridades em junho deste ano, quando foi flagrada atirando contra policiais militares durante uma operação na região. Em 2023, já havia sido detida transportando sete quilos de cocaína.
Entretanto, segundo informações do setor de inteligência da Polícia Militar de Santa Catarina e das Forças de Segurança do Rio de Janeiro, Eweline rompeu recentemente com o Comando Vermelho e passou a integrar o Terceiro Comando Puro (TCP), mais especificamente a Tropa do Coelhão, liderado pelo traficante William Yvens Silva, no Complexo da Serrinha, em Madureira, Zona Norte do Rio.
O chefe do tráfico da região é um dos criminosos mais procurados do Rio, Wallace Brito Trindade, o Lacosta. A troca de facção teria acirrado rivalidades e colocado a traficante na mira de antigos aliados.
Em um perfil da internet, a criminosa confirmou a mudança de aliança ao compartilhar conteúdos ligados ao novo grupo criminoso e apagar publicações que remetiam ao CV. Fontes policiais não descartam a possibilidade de que Eweline tenha fugido para a Bahia, embora não haja confirmação oficial sobre seu paradeiro.
Contra Eweline, constam ao menos três mandados de prisão em aberto — dois expedidos pela Justiça de Santa Catarina, relacionados ao tráfico de drogas e à participação em organização criminosa.
Um deles foi emitido pela Primeira Vara Criminal da Comarca de Tubarão e o outro pela Vara Única da Comarca de Armazém. Ela também é considerada foragida por violar medidas judiciais, incluindo o rompimento de monitoramento eletrônico. A pena imposta à traficante totaliza cinco anos e dez meses em regime fechado.