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porto velho, quarta-feira 23 de julho de 2025
Oposição e governo chegam a esta terça-feira (22/7) com a mesma avaliação: há boa chance de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes até o fim do dia. E ambos os lados, do PT ao PL, ainda não sabem bem como lidar com um cenário de saída antecipada da política daquele que consideram, atualmente, o maior líder da direita brasileira.
A prisão iminente é resultado do suposto descumprimento de medidas cautelares determinadas por Moraes a Bolsonaro. O ministro do STF proibiu o ex-presidente de participar de transmissões em redes sociais próprias ou de terceiros, incluindo entrevistas para veículos de imprensa, nessa segunda (21/7), e deu prazo de 24h para a defesa de Bolsonaro se manifestar.
O despacho de Moraes detalhando as restrições ao ex-presidente foi publicado após questionamento do Metrópoles sobre o temor manifestado por Bolsonaro de que conceder entrevista poderia levá-lo à prisão.
Tanto bolsonaristas quanto petistas trabalhavam, nos bastidores, com um panorama em que Bolsonaro seria preso somente no fim do ano. Novembro era o mês que figurava no banco de apostas de ambos os lados.
Com a fala inesperada do ex-presidente ao deixar o Congresso, nessa segunda-feira (21/7), esquerda e direita passaram a avaliar que o ex-mandatário deixará o cenário político sem sucessores claros, o que deve deflagrar briga pelo seu posto.
Segundo caciques do PL ouvidos pelo Metrópoles, incluindo um ex-ministro influente na sigla, a crise pegou o partido despreparado. Dessa forma, uma eventual prisão de Bolsonaro não seria uma surpresa, mas deixaria a legenda sem rumo certo.
Correligionários que viajaram a Brasília para a reunião dessa segunda permanecerão na capital federal em regime de “plantão”, prontos para socorrer o ex-presidente em caso de prisão.