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porto velho, quarta-feira 23 de julho de 2025
BRASIL: O padrasto de Lucas da Silva Santos, jovem de 19 anos morto envenenado com bolinhos de mandioca, confessou à polícia ter adicionado chumbinho aos alimentos. Segundo um áudio obtido pelo Metrópoles, Admilson Ferreira dos Santos, preso na quarta-feira passada (16/7), contou que ofereceu os bolinhos para toda a família, mas “Lucas foi o que mais sofreu”.
O homem disse ainda, durante interrogatório, que queria se suicidar e provou um pouco do bolinho envenenado. Ele afirma que comprou um pote de creme de leite para os bolinhos, onde misturou a substância e molhou o alimento antes de comer. Ao sentir sua boca cortada, ele também ofereceu o alimento aos enteados e à esposa.
“Fui atrás de um potinho de creme de leite para os bolinhos. Coloquei o creme de leite, botei um pouco do chumbinho e coloquei na boca: cortou minha boca. Dei um pouco para o Lucas, um pouco para o Tiago e um pouco para ela [esposa].”
Questionado sobre onde conseguiu o veneno, o padrasto admitiu ter pedido à esposa que comprasse chumbinho em uma loja de Diadema, cidade perto de São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo, onde a família mora. Em posse do chumbinho, ele misturou o raticida em um pote de creme de leite e deu para a família comer.
“Dei um pouco para o Lucas, dei um pouco para o Thiago, e dei um pouco para ela [esposa]. Todos os quatro ‘comeu’.”
Admilson também contou que o chumbinho foi comprado por R$ 25 e denunciou o comerciante do raticida. O responsável pela venda foi preso na semana passada e confessou comercializar o produto, que é proibido no Brasil. Mas foi liberado pela Justiça após passar por audiência de custódia.
O velório de Lucas da Silva Santos acontece na tarde desta terça-feira (22/7), em São Bernardo do Campo.
O padrasto de Lucas, Admilson Ferreira dos Santos, foi preso na última quarta-feira (16/7) e era considerado o principal suspeito de ter envenenado o bolinho ingerido pelo jovem.