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    porto velho, domingo 10 de agosto de 2025

Antes de ser espancada no elevador, mulher iria buscar refúgio na casa de amiga

Segundo o delegado responsável, a vítima iria pegar o cachorro de estimação e objetos pessoais quando se deparou com o agressor no elevador


metropoles

Publicada em: 09/08/2025 11:24:42 - Atualizado


BRASIL: A mulher de 34 anos violentamente espancada pelo marido no Guará tentou buscar refúgio na casa de uma amiga antes de ser agredida, afirmou o delegado da 4ª Delegacia de Polícia (Guará 2), Marcos Paulo Loures.

O caso aconteceu na última sexta-feira (1º/8), dias após um ex-jogador de basquete dar 61 socos na então namorada também dentro de um elevador, em Natal (RN).

O casal teve uma discussão dentro do carro após voltar de um casamento. De acordo com o delegado, o agressor, Cleber Lúcio Borges (foto em destaque), de 55 anos, disse que iria “dar uma lição nela”.

“Uma amiga disse para ela ir para a casa dela. Quando a mulher ia pegar os objetos pessoais e o cachorro para fugir, o agressor encontrou com ela no elevador”, disse. Lá, levou socos e cotoveladas.

No dia das agressões, a Polícia Civil (PCDF) recebeu denúncias anônimas dizendo que vizinhos ouviram a vítima pedindo socorro. Quando a PM foi ao local, porém, a vítima não prestou queixa contra o marido.

Entenda o caso:

  • A mulher de 34 anos foi espancada pelo marido na última sexta-feira (1°/8) e sofreu lesões em diversas partes do corpo.
  • A vítima, que é casada há 17 anos com o empresário, foi brutalmente agredida com socos e cotoveladas dentro de um elevador no Edifício Via Boulevard, no Guará II (DF).
  • Cleber foi preso nesta quinta-feira (7/8) por posse irregular de arma durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência dele.
  • Quando a mãe da vítima soube das agressões no elevador, ela acionou a polícia, que pediu a prisão preventiva de Cleber.
  • O boletim também mostra que uma denúncia anônima foi feita no dia do crime.
  • Um morador do condomínio acionou a polícia e disse que “todos do prédio escutaram os gritos”.
  • Na data do ataque, a Polícia Militar do DF foi acionada, mas a vítima teria negado a agressão.
  • Diante do fato, uma equipe de plantão da 4ª Delegacia de Polícia (Guará II) se deslocou até o hospital, oportunidade em que entrevistou a vítima.
  • Hospitalizada, a mulher confirmou que houve um conflito com seu companheiro, porém informou não ter interesse em representar criminalmente pela apuração dos fatos, bem como não quis medidas protetivas de urgência.

Mãe registrou queixa

Mas, diante do sofrimento da filha, a mãe registrou queixa no lugar da vítima. “A postura da mãe foi louvável, corajosa. É a postura que a gente espera de alguém que quer tirar uma pessoa de um ciclo de violência”, ressaltou o delegado.

Em entrevista ao Metrópoles, a mãe disse considerar que o agressor destruiu a vida da filha.


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