BRASIL: Laura Beatriz Nascimento, de 27 anos, viralizou nas redes sociais após revelar sua luta contra um câncer no pulmão, diagnosticado por conta do uso excessivo de cigarro eletrônico. A jovem brasiliense contou que usou cigarro tradicional pela primeira vez aos 15 anos, como uma forma de socializar com um grupo de amigos.

"Eu era muito nova e minha primeira experiência com nicotina foi muito social. Só fumava de vez em quando. Em 2016, comprei meu cigarro eletrônico e, depois disso, comecei a fumar todos os dias, junto com tabaco. Em 2017, eu parei com cigarro eletrônico e fumava tabaco de vez em quando, quando saía para festas", explicou.

De acordo com Laura, a primeira vez em que ela usou pod — um tipo de cigarro eletrônico menor que o vape — foi em 2020. Por quatro anos, ela intercalou o uso de pod e vape. "O que era divulgado é que fazia menos mal do que o cigarro convencional e servia para você parar de fumar. Eu queria tentar parar de fumar porque eu fiquei viciada", contou.

No fim de 2024, ela passou a sentir um mal estar decorrente do uso de cigarro eletrônico. "Antes de ir para o hospital, eu continuava fumando. Eu comecei a tossir e a sentir uma dor no pulmão. Eu sabia que era no pulmão, porque eu tive pneumonia em 2019 e era uma dor específica. Comecei a ficar preocupada", disse.

No hospital, exames mostraram que ela estava com um nódulo no pulmão. "Tentei levar tudo numa boa porque eu estava com meus pais e minha namorada. Mas eu fiquei com medo muito de demonstrar o que eu estava sentindo", afirmou.

Com o diagnóstico de câncer, a jovem precisou passar por uma cirurgia para remover metade do pulmão. Para a alegria de Laura e de sua família, o procedimento foi bem sucedido e uma tomografia mostrou que ela não estava mais com a doença.

"Assim que eu tive alta do hospital, eu decidi compartilhar um pouco do que tinha acontecido comigo no meu Instagram pessoal e depois no TikTok, que tem um alcance maior", relatou. Mesmo com a remoção completa do câncer, Laura ainda precisa passar por exames médicos periódicos durante cinco anos.

"Ficarei cinco anos em acompanhamento com oncologista. Os exames são para ver se o câncer tem chance de voltar. Eu comecei a postar [sobre o diagnóstico] para ver se conseguiria atingir mais pessoas e alertar sobre o consumo excessivo do cigarro eletrônico e do tabaco", declarou.