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porto velho, quarta-feira 20 de agosto de 2025
BRASIL: Uma jovem de 22 anos foi assassinada na madrugada de domingo (18) após ser espancada durante um baile funk na comunidade da Coreia, em Senador Camará, Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com familiares, Sther Barroso dos Santos teria sido agredida por se recusar a deixar o evento com um traficante identificado como Bruno da Silva Loureiro, o Coronel, apontado como chefe do tráfico na região.
Segundo relatos de parentes, dois homens teriam levado a jovem até a Vila Aliança, onde morava, e a deixaram gravemente ferida em frente à residência. Ela chegou a ser levada ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, mas já deu entrada sem vida, conforme informou a direção da unidade.
A Polícia Civil investiga a participação de Coronel no crime. O traficante possui uma extensa ficha criminal, com anotações por tráfico de drogas, homicídio, roubo, porte ilegal de arma de uso restrito, receptação e formação de quadrilha. Ele é ligado ao Terceiro Comando Puro (TCP) e, segundo investigadores, costumava se esconder no Complexo da Maré. Nos últimos meses, porém, voltou a circular em comunidades da Zona Oeste, como Vila Aliança e Coreia, áreas controladas pela facção.
Parentes afirmaram que Sther foi torturada antes de ser morta e que o crime teria sido motivado pela recusa da jovem em ter relações com o criminoso. Eles contaram ainda que ela atravessava um período de conquistas pessoais, como a retirada da carteira de habilitação e os preparativos para se mudar para um novo apartamento.
A família também relatou que Sther havia deixado recentemente o Muquiço, comunidade antes dominada por Coronel, em busca de segurança após episódios de violência sofridos no local. Um dia antes do crime, a jovem teria visitado o irmão preso e confidenciado à irmã que havia sonhado estar sendo perseguida.
A Polícia Militar informou que equipes do 14º BPM (Bangu) foram acionadas pelo hospital para verificar a ocorrência. O caso foi registrado inicialmente na 34ª DP (Bangu) e, em seguida, encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que conduz as investigações para identificar os responsáveis diretos pela execução e confirmar se Coronel foi o mandante.