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porto velho, terça-feira 2 de setembro de 2025
BRASIL: Começa nesta terça-feira, dia 2 de setembro, o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus do chamado núcleo crucial da trama golpista.
Eles são acusado de planejar um golpe de Estado após a derrota nas urnas em 2022.
As evidências são muitas.
Bolsonaro nunca reconheceu a vitória do adversário, o presidente Lula (PT).
Em seu primeiro pronunciamento após a disputa, disse considerar justa a revolta de seus eleitores.
Ele passou quatro anos de mandato colocando em dúvida a lisura das urnas eletrônicas. Era a vacina (essa sim ele topou tomar) diante de uma eventual derrota.
Parte do mito em torno dele – e de qualquer líder de extrema direita – , afinal, era atravessar a história como indestrutível e invulnerável (“imbrochável”, ele chegou a dizer). Não existe derrota no caminho dos ungidos.
Tudo para confirmar a profecia bíblica de que o destino dos líderes do povo eleito é sempre a vitória. A não ser que alguém coloque pregos e parafusos no caminho – exatamente o que eles acusam o Tribunal Superior Eleitoral de fazer sob o comando de Alexandre de Moraes naquela disputa.
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, acusa o ex-chefe de tramar uma maneira de se manter no poder à força em diversos encontros com os chefes das Forças Armadas entre novembro e dezembro, quando se negou a passar a faixa para o sucessor.
O ex-presidente nega o plano golpista, mas não desmente que se resumiu com os oficiais em tempos de paz quando deveria trabalhar e pensar na transição.
Em dezembro, Bolsonaro saiu da toca e conclamou os seguidores a fazerem “alguma coisa” para salvar o Brasil antes que fosse tarde demais.
Os seguidores entenderam e quebraram tudo o que viram pela frente nas sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Isso já é batom suficiente numa cueca que não conseguiu esconder.