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porto velho, terça-feira 2 de setembro de 2025
BRASIL: O advogado Eduardo Kuntz, que atua na defesa de Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro e um dos réus na ação penal do plano de golpe, foi barrado ao chegar no prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta terça-feira (2), para acompanhar o julgamento do núcleo crucial da trama golpista.
Kuntz disse que recorreu ao presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, e espera poder acompanhar o julgamento nesta terça e nos outros dias de sessão.
No pedido encaminhado a Zanin, Kuntz ainda afirma que saiu de São Paulo apenas para acompanhar o julgamento presencialmente e que recebeu a negativa da entrada com "absoluta surpresa", uma vez que, segundo ele, participou de todo o processo, até agora, sem intercorrências.
Antes de ser barrado, Kuntz afirmou à imprensa que foi à Corte para observar e se preparar para o julgamento do seu cliente, Marcelo Câmara, que integra o chamado "núcleo 2" da ação penal.
“Eu espero um julgamento positivo, respeitando as garantias. Com análise dos processos, com a leitura de todos os depoimentos prestados, a expectativa é de confiança total no Supremo Tribunal Federal”, afirmou Eduardo Kuntz.
De acordo com a investigação da PF (Polícia Federal) e a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República), Câmara teria monitorado autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB), antes da diplomação da chapa eleita em 2022.
Ele está preso desde 18 de junho por descumprir medidas cautelares impostas por Moraes. O ex-assessor teria tentado obter informações sigilosas da delação do tenente-coronel Mauro Cid.
A Primeira Turma do Supremo dá início nesta terça-feira (2) ao julgamento, que tem sessões extraordinárias reservadas nos dias 3, 9,10 e 12 de setembro.
Fazem parte do "núcleo 1", além do ex-presidente Jair Bolsonaro, outras sete pessoas: