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porto velho, terça-feira 9 de setembro de 2025
BRASIL: O STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou o julgamento do núcleo crucial da tentativa de golpe de 8 de janeiro reforçando o discurso de defesa da soberania nacional, em um momento marcado por tensões diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Durante a abertura da análise, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que “a coragem institucional e defesa à soberania nacional fazem parte do universo republicano” e garantiu que a Corte “não aceitará coações ou obstruções no exercício de sua missão constitucional”.
As falas foram interpretadas como um recado direto ao presidente norte-americano Donald Trump e a seus aliados, que, nos últimos dias, voltaram a criticar instituições brasileiras.
Jason Miller, ex-assessor de Trump, reagiu nas redes sociais após a sessão do STF. “Observado. E seria sensato que o STF e Moraes soubessem que os Estados Unidos não negociam com terroristas”, publicou.
Para Ricardo Inglez de Souza, especialista em Comércio Internacional e Direito Econômico, a soberania do Estado brasileiro é a garantia central contra pressões externas.
“O STF é um órgão jurisdicional e, como tal, deve atuar interpretando a Constituição e a legislação conforme os fatos apresentados em cada processo. Essa função o blinda, em tese, de pressões externas — sejam internas ou internacionais”, avaliou.
Na visão do jurista, as manifestações de Trump não têm impacto jurídico imediato, mas podem ganhar peso se forem seguidas de sanções concretas.