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porto velho, terça-feira 16 de setembro de 2025
Humaitá (AM) viveu um dia de apreensão nesta segunda-feira (15) após a operação da Polícia Federal contra o garimpo ilegal no Rio Madeira. A ação, que resultou na destruição de dezenas de dragas utilizadas na extração clandestina de ouro, provocou forte reação entre moradores e deixou a cidade em clima de insegurança.
Logo após a chegada das forças de segurança, as ruas do município ficaram praticamente desertas. Escolas suspenderam as aulas e repartições públicas encerraram o expediente por precaução. O comércio também registrou baixa movimentação, com várias lojas fechando as portas ainda pela manhã.
De acordo com moradores, a presença de viaturas, barreiras de isolamento e a circulação da Força Nacional geraram temor de novos confrontos. A orla da cidade foi interditada e pontos estratégicos tiveram policiamento reforçado.
A operação, autorizada pela Justiça Federal, tem como objetivo coibir o garimpo ilegal que há anos atua na região do Madeira. No entanto, a destruição das balsas e dragas, muitas vezes único sustento de famílias locais, acirrou o clima de tensão e revolta.
Até o fim da tarde, não havia registro de confrontos diretos no centro urbano, mas o ambiente permanecia de alerta. Autoridades reforçaram que a ação deve continuar nos próximos dias, o que mantém a expectativa e a apreensão entre os moradores de Humaitá.