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Nova fase da Lava Jato mira lavagem de dinheiro em banco

PF cumpre três mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre na 61ª etapa da operação


Giovanna Romano / Veja

Publicada em: 08/05/2019 07:26:26 - Atualizado

BRASIL - A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram na manhã desta quarta-feira, 8, a 61ª fase da Operação Lava Jato, intitulada “Disfarces de Mamom”. Agentes cumprem três mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão em 35 locais diferentes nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Segundo informações da PF, o objetivo da operação é “apurar um grande esquema de lavagem de dinheiro praticado por altos funcionários de um banco”, que faziam a contratação de empresas de fachada e emitiam notas fiscais para justificar os serviços. Os pagamentos seriam então camuflados e recebidos pelo banco no exterior.

Os três presos são funcionários do banco investigado. Um deles atuava na mesa de câmbio, outro era diretor da área de operações de câmbio e o terceiro era diretor geral da instituição. Esta é a primeira ação da Lava Jato em que a polícia cumpre mandados diretamente na sede de um banco.

Os presos serão levados para a sede da Polícia Federal em São Paulo e depois para a Superintendência do Paraná, onde passarão por interrogatório.

As investigações tiveram início após depoimentos de três administradores de uma instituição financeira no exterior que “atuava ocultando capitais em operações criminosas em favor do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht”, segundo a polícia.

Disfarces de Mamom

O nome da operação é, segundo a PF, a passagem bíblica Mateus 6.24. “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.”

“Isso porque a instituição bancária envolvida, que deveria zelar pelo higidez do sistema financeiro no âmbito do qual ela estava inserida, valia-se de sua posição privilegiada dentro da estrutura financeira do mercado para a viabilização de atividades ilícitas”, afirmou o órgão em sua nota oficial à imprensa.


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