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porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024
BRASIL- O estudante de 14 anos que atirou dentro de sala de aula deixou na tarde desta segunda-feira (22) a Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais (Depai), em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, o aluno seguiu para um centro de internação para cumprir a decisão que ordenou a internação provisória dele. Os tiros causaram a morte de dois colegas e deixaram outros quatro feridos.
"O adolescente foi encaminhado para um centro de internação e agora está sob a égide do Poder Judiciário. A partir de agora, o juiz definirá o período de internação", disse o titular da Depai, delegado Luiz Gonzaga Júnior.
O delegado remeteu o auto de investigação à Justiça na sexta-feira. Porém, ainda não concluiu a apuração. "Vamos ainda ouvir todos da escola e familiares para encaminhar todo o material ao Judiciário via peças complementares", explicou Júnior.
Também estão pendentes laudos periciais. Entre eles está o que aponta a quantia de tiros disparados. Segundo o delegado, é possível adiantar que o menino disparou cerca de 10 tiros.
Filho de policiais militares, o adolescente estava em uma cela separada da Depai desde o dia que atirou contra a turma, na última sexta-feira (20). Ao G1, a advogada que representa a família do estudante, Rosângela Magalhães, havia contado que o adolescente "está arrependido".
O pai do menino prestou depoimento na Depai na manhã desta segunda. "Ele [pai] estava sereno, tranquilo, mas muito abalado com o que aconteceu. Ninguém sabia que ele [filho] sofria bullying, foi uma surpresa para todos", disse o escrivão Marcos Paulo Passos, que colheu o depoimento.
Após a oitiva, o pai não quis falar sobre o assunto com a imprensa. "Eu pretendo falar em outra oportunidade, em outro momento", disse.
A advogada da família contou ainda que a mãe do adolescente está internada desde o dia do atentado no Colégio Goyases e não se sabe quando ela receberá alta. Por isso, a mulher ainda não se encontrou com o filho.
Veja a sequência dos fatos: