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porto velho, sábado 7 de junho de 2025
O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, foi preso nesta quarta-feira (2), em Manaus. Ele foi abordado pela Polícia Federal no aeroporto, ao sair de um avião. Em seguida, ele foi levado para a sede da PF para os procedimentos legais.
Operação Sangria: entenda a operação da PF que investiga desvios na saúde no Amazonas
Resumo:
Campêlo é um dos alvos da operação da Polícia Federal que investiga irregularidades nos contratos com o Complexo hospital Nilton Lins, alugado pelo estado para ser usado como hospital de campanha no combate à Covid-19
Além de Câmpelo, o empresário Nilton Costa Lins Junior também foi preso na ação. Nilton Lins chegou a atirar contra agentes da Polícia Federal que cumpriam mandados em sua residência. Foram detidos ainda os empresário Sérgio José Silva Chalub, Rafael Garcia da Silveira, Frank Andrey Gomes de Abreu, Carlos Henrique Alecrim John.
Foram cumpridos mandados de busca na casa do governador Wilson Lima, na sede do governo do Amazonas, na Secretaria de Saúde e na casa de Campêlo. Há, ainda, autorização da Justiça para a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do governador e do secretário de Saúde.
Contratação irregular
A operação da PF desta quarta é parte da quarta fase da Operação Sangria, que investiga crimes como pertencimento a organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos. Foram encontrados indícios de que funcionários da Secretaria de Saúde amazonense tenham beneficiado grupo de empresários na contratação de parte do Complexo Hospitalar Nilton Lins para ser usado como hospital de campanha.
A PF também apontou que o hospital não atende às necessidades de assistência à população atingida pela pandemia. Além disso, o local põe pacientes e funcionários em risco de contaminação, ainda segundo a investigação.
Segundo a investigação, contratos assinados em janeiro de 2021 com o governo do Amazonas para serviços de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem no hospital de campanha têm indícios de irregularidades no processo licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.
Os responsáveis pelas irregularidades poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa. Se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.