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porto velho, domingo 8 de junho de 2025
Familiares de Letícia Sousa Curado de Melo acompanham o julgamento de Marinésio da Silva Santos, réu pelo homicídio quintuplamente qualificado da mulher. Os parentes querem justiça em nome da advogada e de outras vítimas do maníaco. Caso Marinésio seja condenado, a pena pode ultrapassar 40 anos de reclusão.
A mãe de Letícia Curado, Kenia Sousa, afirmou ao Metrópoles que a expectativa é de que o julgamento seja justo e que Marinésio não tenha chance de retornar ao convívio com a sociedade. “Que os jurados tenham a comoção que todos tiveram quando a advogada desapareceu e foi encontrada morta. Que a condenação seja a máxima possível, e ele não volte a causar sofrimento a outras famílias”, ressaltou.
Letícia tinha 26 anos quando acabou morta ao reagir a uma tentativa de estupro de Marinésio, em 2019. A advogada era funcionária terceirizada do Ministério da Educação e deixou um filho de 3 anos. Após a prisão do maníaco, foram identificadas outras 18 vítimas de Marinésio.
De acordo com a mãe da advogada, o julgamento do assassino é esperado por todos. “A condenação é o desfecho de uma luta. O culpado é um indivíduo perverso e desumano, que um dia após matar minha filha seguia sua rotina levando aparelhos para uma festa de aniversário em família. Só nos resta lutar por justiça, porque o que mais queríamos não é mais possível, que era Letícia viva”, lamentou Kenia.
Em setembro de 2019, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Marinésio pelo homicídio quintuplamente qualificado de Letícia. Como qualificadoras, a Promotoria de Justiça apontou feminicídio, motivo torpe, meio cruel, dissimulação e crime praticado para assegurar impunidade de outro delito. Ele também responde por tentativa de estupro, furto e ocultação de cadáver.