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porto velho, quinta-feira 12 de junho de 2025
A mãe que denunciou um capitão da Polícia Militar por tentar estuprar o filho dela, de 12 anos, disse que se surpreendeu ao descobrir o assédio, em Rio Verde, no sudoeste do estado. As mensagens eram trocadas por aplicativo de celular, onde o policial chamou o adolescente e um primo dele, de 18 anos, para irem a um motel.
"A partir do momento que você descobre quem é, fica indignada e com medo ao mesmo tempo", desabafou a mulher, que preferiu não se identificar.
O capitão foi preso no domingo (1º) pela Polícia Civil, após o pai do adolescente conversar com o militar fingindo ser o garoto e marcar um encontro em um posto de gasolina. Já na tarde de segunda-feira (2), a Justiça decretou a prisão preventiva ao acatar pedido do Ministério Público de Goiás para proteção de vítimas e testemunhas.
O site não localizou a defesa do oficial para se manifestar sobre a prisão. Segundo o site da transparência do governo goiano, o capitão está lotado em um Colégio da Polícia Militar de Rio Verde. A corporação informou, por meio de nota, que ele foi afastado da função que exerce e abriu um procedimento administrativo para apurar os fatos.
A mãe contou que quando descobriu o assédio, o pai do menino passou a trocar mensagens com o capitão no lugar do filho para marcar um encontro. Durante a conversa, o oficial orientou o menino a sair escondido de casa para irem a um motel durante o dia.
"Ele [PM] orientou tudo. Disse para ele não contar para a mãe e sair escondido de casa. A gente confirmou: ‘Tá bom. Vou sair escondido da minha mãe’", revelou a mulher.
O pai escolheu um posto de gasolina como o ponto do encontro. O capitão não sabia, porém, que seria monitorado pela Polícia Civil.