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porto velho, domingo 12 de maio de 2024
A disparada do preço da gasolina no Distrito Federal, onde se encontra o combustível sendo vendido a R% 6,39 o litro, afetou em cheio a categoria dos motoristas de transporte por aplicativo. Reclamando de baixo percentual que as plataformas repassam do valor das corridas, a estratégia tem sido trabalhar só em horários de pico. Em muitos casos, os condutores têm preferido abandonar o trabalho.
Segundo estimativa do Sindicato Dos Motoristas Autônomos de Transportes Privado Individual Por Aplicativos no Distrito Federal (Sindmaap-DF), cerca de 20% dos que trabalhavam com as plataformas já desistiram de continuar rodando. Isso reflete também na demora que passageiros enfrentam para conseguir utilizar o serviço.
“Existem corridas que o motorista está pagando para correr, por isso a maioria vem fazendo o mínimo possível, rodando só em horário que há dinâmica de preços. Aumentou o preço da gasolina, do óleo, do pneu, mas o repasse do preço da corrida para os motoristas não aumenta”, reclama o presidente do Sindmaap, Marcelo Chaves.
Um dos motoristas que afirmam vir sofrendo com o alto preço do combustível é Luciano Brito, 27. Ele explica que a dificuldade em se arranjar um emprego formal é o que ainda mantém muitos motoristas no aplicativo. Caso contrário, a debandada seria ainda maior.
“Hoje em dia é mais gasto do que lucro. A tarifa para a gente não acompanha os nossos custos. O que eu mais vejo é gente nos grupos de motoristas falando que vão desistir, principalmente os que rodam com carro alugado”, relata.