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Polícia resgata mulher que sumiu do AC após viajar com o marido para interior do AM

Além disso, ela relatou que os momentos de angústia encerraram quando a polícia chegou ao local e ela soube que o pai estava junto.


g1/ac

Publicada em: 02/09/2021 18:33:54 - Atualizado

Depois que quase um ano de angústia, sem ter notícias da jovem Ana Lúcia Souza da Silva, de 25 anos, que sumiu da cidade de Xapuri, no interior do Acre, depois de viajar com o marido e os filhos do casal, a família chegou ao fim da busca nesta semana. Ela foi localizada na cidade de Lábrea, no interior do Amazonas e resgatada pela polícia.

Quando Ana deixou de manter contato com a família, eles começaram as buscas por ela e registraram um boletim de ocorrência. A irmã dela, Valdirene Azevedo contou que ela era casada e tem três filhos, mas que vivia em um relacionamento abusivo, sofria violência doméstica e que, inclusive, tentou se separar do companheiro, mas acabou voltando após ele fazer ameaças e usar os filhos para manipular ela.

Ana Lúcia voltou para a família em Xapuri nessa quarta-feira (1º). A Polícia Civil do Acre localizou a família com ajuda da polícia de Rondônia na segunda (30).

Ao site, Ana contou que o marido disse inicialmente que eles se mudariam para Rio Branco. Depois de chegar na capital, eles foram para o estado de Rondônia e ficaram em Nova Califórnia e também em Extrema, e depois foram para o Amazonas, onde permaneceram até a polícia localizá-los.

"Ele usava muito os meninos para me atingir, a gente tinha separado e ele dizia que eu não ia mais ver as crianças e resolvi voltar para ele, foi quando disse que a gente ia mudar para Rio Branco. Fui e ele queria ir para mais longe, pedi para voltar, mas não deixou mais. Ele disse que eu iria trabalhar, então não me preocupei muito porque assim teria dinheiro. Só que arrumou emprego na zona rural e só ele podia trabalhar e foi assim depois indo mais pra mais longe", contou.

A jovem disse que durante esse período não foi agredida fisicamente, mas que sofreu agressões psicológicas, além das ameaças e ela chegou a pensar que talvez não tivesse mais contato com a família e em julho deste ano perdeu as esperanças.

"Fiquei seis meses sem ir na cidade, sem pegar dinheiro. Ele nunca falou para mim que eu não ia falar mais com a minha família, mas nunca fez nada para que eu pudesse falar. Como era longe, ele não me levava, dizia que era ruim de transporte. Mas, quando era ele, sempre dava um jeito. Ele me torturava psicologicamente, falava que eu tinha problemas, que só ele e mais ninguém poderia me ajudar, só ele me amava", relatou.

Além disso, ela relatou que os momentos de angústia encerraram quando a polícia chegou ao local e ela soube que o pai estava junto.

"Apanhar dele já apanhei não foi uma nem duas vezes. Então, foram momentos de angústia. Quando recebi a notícia, minha família perguntou se eu queria voltar e falei que era tudo que eu mais queria, e quando a polícia chegou para me buscar, perguntei se meu pai tinha ido e fui correndo até onde ele estava", contou aliviada.


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