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porto velho, segunda-feira 16 de junho de 2025
No dia 31 de maio deste ano, Laudelino Ferreira Vieira, o “Lino”, de 42 anos, simplesmente desapareceu do presídio de segurança máxima em Campo Grande, onde cumpria pena de 80 anos de reclusão. Nunca mais foi visto e a fuga ainda é um mistério. Agora, o nome dele ressurge, envolvido no roubo de três aviões.
“Lino” é procurado como um dos cabeças do assalto em que três aeronaves foram levados, na segunda-feira (6), em um hangar de Aquidauana, a 140 quilômetros de Campo Grande. O fugitivo tem histórico de participação no mesmo tipo de crime, o roubo de três aviões em Corumbá, em janeiro de 2004, quando um piloto foi assassinado.
A prisão de dois participantes do crime levou à polícia até “Lino” como a pessoa que comandava a quadrilha, que tem pelo menos 10 pessoas já identificadas. Conforme os depoimentos de dois envolvidos que foram presos pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar (BpChoque), Roger Breno Wirmond dos Santos, 22 anos, e Cristhofer Cristaldo Rocha, de 21 anos, o foragido dava as ordens por chamada de vídeo, de um local desconhecido.
Diante das informações, o juiz Alexsandro Motta, de Aquidauana, converteu a prisão de Roger e Cristhofer em preventiva e também concedeu ordem para captura de para Laudelino Vieira e mais três homens.
São eles Lázaro da Silva Ramirez, em nome de quem estava a casa identificada pela polícia como base do bando, Ivanildo da Silva Dias, e Kevin Moreno, esse último de nacionalidade boliviana.
Laudelino tem ficha corrida que começou aos 19 anos, quando, segundo seu histórico policial, invadiu juto a comparsas uma casa em Naviraí, trancando as vítimas no banheiro da casa. No fim da década de 1990, em Campo Grande, foi preso por furto e escapou da então colônia penal agrícola de Campo Grande.
Em 2004, foi, de acordo com a acusação, um dos líderes do assalto em que três aviões, avaliados em US$ 240 mil, foram roubados durante invasão à empresa de táxi aéreo Ocororé, em Corumbá. O piloto e empresário Luis Fernandes Carvalho, 39 anos, acabou morto. Chegou ser preso na Bolívia, com um dos aviões roubados, que caiu em uma fazenda, mas acabou solto pelas autoridades do País vizinho.
Em 2006, quando estava sumido, foi apontado como envolvido na morte de um policial, na estrada do Jacadigo, durante desacerto relacionado ao roubo de veículo. Em 2010, acabou preso na BR-262, com uma carga de cocaína. Nessa ocasião, atirou contra a equipe da Polícia Rodoviária Federal. Estava cumprindo pena, quando fugiu da Máxima. A suspeita é de que tenha saído da prisão em um veículo de serviço. Não foi divulgado ainda o resultado da investigação.
A Polícia Civil possui ao menos 10 pessoas na mira envolvidas no "arrastão" no aeroporto de Aquidauana, na região oeste do estado. São ao todo os dois jovens presos e, assim como eles, mais 4 tiveram a prisão preventiva decretada e outros 4 na qual a investigação diz "estar trabalhando" na identificação.
Ao site a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, ressaltou que entre as pessoas identificadas está o "mentor intelectual, o gerente operacional e alguns estrangeiros" envolvidos na atividade criminosa.