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'Foi assustador', diz moradora que encontrou onça parda no quintal de casa em SC


G1

Publicada em: 30/10/2017 15:47:45 - Atualizado

BRASIL- Uma família que encontrou um leão-baio no quintal de casa no sábado (28), em Lages, na Serra catarinense, disse que levou um susto ao dar de cara com o animal, por volta das 6h30. O felino, também conhecido como onça parda, foi resgatado e solto numa reserva ambiental no município de Campo Belo do Sul.

“Achamos que era uma pessoa. Meu pai chegou aqui fora, quando deu de cara com ele, entrou dentro de casa apavorado. É um leão, é um leão”, contou a operadora de caixa Daiane Bloteski.

O animal ficou no local durante quase duas horas. “Foi bem assustador. Ele, acho, tentou pular o portão, fez um barulho, os cachorros começaram a latir, e daí a gente veio e deu de cara com ele aqui, deitado”.

A Polícia Militar Ambiental e o Corpo de Bombeiros foram chamados e, quando chegaram, a onça havia fugido para o alto de uma árvore no terreno vizinho. Lá, o animal foi sedado com um dardo tranquilizante disparado por um médico-veterinário, e depois levado para fazer exames numa faculdade particular de Lages.

Átila Costa, médico-veterinário que participou do resgate, disse que o leão-baio não traz tanto risco à população. “Na nossa região, acredito que eles preferem fugir, evitar humanos, do que se aproximar de humanos".

Auri Nunes de Moraes, especialista em animais silvestres, disse que, apesar da Serra ser conhecida como a terra do leão-baio, encontrá-los na área urbana não é muito comum. O último registro tinha sido em 2005, em Curitibanos. E sempre que isso acontece, o motivo é só um: esses estão fugindo, sejam de predadores ou de caçadores.

“Ele está fugindo de alguma situação. Ele eles andam muito. O puma pode se deslocar, às vezes, numa noite, até 30 km, 40 km, 50 km”, disse Moraes.

O leão-baio resgatado tem entre um ano e um ano e meio de idade. "O local de soltura, para fazer a translocação, foi escolhido porque é uma área com caça controlada. Considerando que é um animal não tão bem visto por fazendeiros, por pecuaristas, é um animal perseguido. Então aumenta a chance de esse animal sobreviver", disse Costa.


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