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porto velho, quarta-feira 18 de junho de 2025
BSB – DF - O problema de não conseguir fazer com que médicos permaneçam em cidades do interior do Brasil, objetivo do antigo programa Mais Médicos, só será resolvido quando forem criadas melhores condições para o exercício da profissão nesses locais.
Essa é a conclusão de webinar “A revolução do ensino e da prática médica pós-pandemia”, realizado nesta 4ª feira (20.out.2021) pelo jornal digital Poder360 em parceria com a Afya, maior grupo de educação médica e serviços digitais em saúde do Brasil.
Essa é a conclusão de webinar “A revolução do ensino e da prática médica pós-pandemia”, realizado nesta 4ª feira (20.out.2021) pelo jornal digital Poder360 em parceria com a Afya, maior grupo de educação médica e serviços digitais em saúde do Brasil.
“Se o interior não tiver condições adequadas, dificilmente vai fixar o médico e vai acontecer o que já existe: uma grande concentração de médicos na capital e uma falência do interior e das regiões mais remotas“, afirmou o deputado federal Dr. Frederico de Castro Escaleira (Patriota-MG), um dos participantes do seminário.
TELEMEDICINA
Uma das soluções apresentadas para manter médicos no interior passa pela telemedicina. “O médico vai querer trabalhar com condições, com recursos e capacidade para que resolva o problema, seja presencial, seja remotamente. Pode ajudar muito o médico do PSF [Programa de Saúde da Família] poder ter uma consultoria on-line“, diz Escaleira.
A prática da telemedicina avançou no Brasil durante a pandemia. Em 16 de abril de 2020, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 13.989, aprovada pelo Congresso, e que autorizou a prática de telemedicina no país durante a crise sanitária da pandemia.
Até então, a realização de atendimentos como teleconsulta era proibida. Contudo, a lei só autorizou a realização de consultas e atendimentos à distância no contexto da pandemia. Uma complementação aprovada em novembro permitiu que, depois do fim da emergência sanitária, essas práticas pudessem ser regulamentadas pelo CFM (Conselho Federal de Medicina).
De acordo com o senador e ex-ministro da Saúde Marcelo Castro (MDB-PI), a experiência foi positiva. “Os médicos que fizeram teleconsultas não vão deixar de praticar, vão continuar praticando. É uma experiência que melhorou o atendimento médico. Foi de uma maneira imposta pela pandemia, mas provou-se que, na prática, era efetivo”. Segundo o presidente da Afya, Virgilio Gibbon, antes da pandemia a telemedicina não era prática comum. “Era quase que uma heresia falar em telemedicina, os números eram ínfimos, era somente um suporte”. Ele afirma que a partir de 2020, a prática tornou-se uma “solução”.