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Vídeo mostra Jairinho fazendo respiração boca a boca na criança em elevador

Imagens mostram mãe e padrasto com criança a caminho do hospital; Jairo trocou mensagens com médico por atestado de óbito


R7

Publicada em: 26/10/2021 13:03:06 - Atualizado


BRASIL - Novas imagens mostram Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, com Monique Medeiros e Henry Borel no elevador do prédio onde moravam, na Barra da Tijuca, na madrugada do dia da morte do menino. Por volta das 04h09, de 8 de março de 2021, o médico tentou fazer uma respiração boca a boca, além de verificar o pulso da criança desacordada - para a polícia, ali a vítima já estava morta.

A Record TV Rio também obteve as mensagens trocadas entre Jairo e um executivo da área de saúde, na data do ocorrido, nas quais há diversas tentativas de agilizar o atestado de óbito do enteado. Na conversa, a primeira mensagem enviada por Jairinho foi por volta das 5h.

Apesar da insistência do então vereador, o médico disse que o procedimento correto seria encaminhar o corpo para o Instituto Médico Legal, já que a criança havia chegado em parada cárdio respiratória, enrijecida. Além disso, afirmou que a análise da perícia era um desejo do pai, Leniel Borel.


De acordo com laudo do IML, a causa da morte do menino de 4 anos foi uma hemorragia interna por lesão no fígado, no qual a possibilidade de queda é negada. O documento atesta que Henry morreu entre 23h30 e 3h30 da manhã, alvo de "ações contundentes" que provocaram, inclusive, lesões na cabeça, rim e pulmão.

Investigação da morte

O casal teria esperado 39 minutos para socorrer a Henry. Segundo declarações do diretor da unidade de saúde, a criança já estava com o corpo enrijecido quando o atendimento foi iniciado, com diversos hematomas.

Na ocasião, Monique e Jairo disseram que haviam encontrado Henry com olhos virados e, depois, falaram que ele havia caído da cama.

Menos de um mês antes da morte do menino, no dia 12 de fevereiro, houve um episódio de violência, no qual Henry estava mancando e foi levado a um hospital particular da mesma rede em Bangu, também na zona oeste do Rio.

Para o delegado Henrique Damasceno, responsável pelas investigações da Polícia Civil, não resta dúvida sobre autoria do crime. Jairo responde por homicídio duplamente qualificado com emprego de tortura e sem chances de defesa da vítima.

No último dia 6 de outubro, foi realizada a primeira audiência de julgamento da morte de Henry Borel.

O R7 procurou a defesa de Jairo, mas não obteve retorno.


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