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porto velho, quinta-feira 19 de junho de 2025
Mais de 1.700 quilômetros separam duas jovens que nasceram em 18 de setembro de 1999. No entanto, coincidências — além da data de nascimento — e erros nos registros oficiais fizeram com que a vida de uma ficasse completamente atrelada à da outra. Há três anos, Luana Silva de Oliveira, de 22 anos, moradora de Planaltina, no Distrito Federal, descobriu que tem uma homônima na cidade de Friburgo, em Santa Catarina. Além do nome e sobrenome, ela descobriu que a outra jovem compartilha com ela o mesmo número de CPF (Cadastro de Pessoa Física).
A Luana do DF é estudante de direito e precisou levantar alguns documentos com a finalidade de se preparar para tirar o registro da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) quando estiver formada. O que trouxe preocupação, também, foi o fato de ela encontrar em seu CPF restrições referentes a compras que ela nunca tinha feito. Para a catarinense Luana Silva de Oliveira, o problema foi descoberto quando ela tentou iniciar o processo de obtenção da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Como a homônima do DF já tinha o documento, o Departamento de Trânsito afirmou que ela não poderia iniciar o processo, pois nos registros do órgão aquele número de CPF já estava habilitado.
A brasiliense conta que soube do problema ao tentar emitir um documento e, no primeiro momento, suspeitou de fraude. "Eu fui emitir a carteira de trabalho e fui informada de que já tinha sido emitida. Eu logo pensei que poderia ser alguma fraude, alguém usando de ma-fé. Passaram mil coisas pela minha cabeça até eu conseguir entrar em contato com ela [a homônima]."