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porto velho, segunda-feira 23 de junho de 2025
BRASIL - A portaria que o governo publicará autorizando a concessão de vistos humanitários para ucranianos em fuga da guerra motivada pela invasão do país pela Rússia prevê permanência no Brasil por 180 dias. Depois desse período, os imigrantes ucranianos terão direito a residência temporária de dois anos e poderão reivindicar residência permanente.
O anúncio da autorização para a concessão dos vistos aos ucranianos foi feito na última segunda-feira (28) pelo presidente Jair Bolsonaro. A portaria, a ser publicada no "Diário Oficial da União", é assinada conjuntamente pelos ministros Anderson Torres (Justiça) e Carlos França (Relações Exteriores).
Segundo o texto, a concessão dos vistos humanitários ficará em vigor até 31 de agosto deste ano e “não afasta a possibilidade de outras medidas que possam ser adotadas pelo Estado brasileiro para proteção dos nacionais ucranianos e apátridas residentes na Ucrânia”.
De acordo com a portaria, o visto temporário para acolhida humanitária terá validade de 180 dias e poderá ser concedido aos ucranianos e aos apátridas afetados ou deslocados pela situação de conflito armado na Ucrânia.
O imigrante apátrida precisa iniciar o processo de reconhecimento da condição de apátrida junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública em até 90 dias após ingresso em território nacional.
Para solicitar o visto temporário, os seguintes documentos serão necessários:
A portaria estabelece que o detentor do visto humanitário deverá se registrar na Polícia Federal em até 90 dias após ingresso em território nacional. Após o registro, terão residência temporária com prazo de dois anos.
Para o requerimento de autorização de residência, são necessários os seguintes documentos:
Os imigrantes ucranianos poderão trabalhar no Brasil e, no período de 90 dias antes da expiração do prazo de residência temporária, pedir residência permanente no Brasil.
O encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, afirmou nesta quinta-feira (3) que ucranianos já consultaram as autoridades sobre a possibilidade de vir ao Brasil.
De acordo com o diplomata, o número de interessados não é grande. "Geralmente, até agora, são os familiares dos ucranianos que já estão aqui [no Brasil]", disse, durante entrevista nesta quinta-feira.
Segundo Anatoliy Tkach, a maioria dos ucranianos que tentam fugir da guerra deve procurar refúgio em países europeus.