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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
PORTO VELHO - RO: Porto Velho nunca foi um bom lugar para as pessoas com mobilidade reduzida, nunca foi e até o momento o cenário pouco mudou. Isso porque a cidade não possui nenhuma acessibilidade nas vias para pessoas com deficiência ou dificuldades de locomoção. São pouquíssimas as calçadas que possuem rampa e principalmente os pisos táteis, utilizados por deficientes visuais. A acessibilidade é um direito garantido por lei no Brasil e tem o objetivo de oferecer segurança e inclusão social.
O tema tem sido alvo de muita insatisfação entre a população, todos os dias são várias reclamações recebidas no programa A Voz do Povo. O centro comercial da zona Sul é um dos mais criticados. “Na zona Sul quem é cadeirante é impossível andar com segurança, as calçadas quebradas, cheias de desnível, parece que não pensam em quem necessita”, disse indignada uma ouvinte.
O vereador Everaldo Fogaça (Republicanos) explica que a culpa é da prefeitura, porém também da população, sobre tudo os empresários, quando se referem aos centros comerciais da Capital. Ele conta que os empresários antigos, que trabalham há anos nos prédios comerciais não se adequaram ao calçamento inclusivo e com o déficit de fiscais municipais, a situação acaba se perpetuando. Contudo aqueles que abrem um novo comércio ou mesmo realizam reformas, todos já aderem a padronização.
“Realmente o calçamento da Avenida Jatuarana, na zona Sul é um dos piores da cidade, tem calçadas com desnivelamento de até 50cm de altura, outros empresários que colocam azulejo e quando chove causa acidentes. Toda a cidade está muito ruim em relação a isso, a prefeitura tem sua parcela de culpa, mas os empresários também precisam colaborar”, detalhou.
No entanto, de acordo com o parlamentar esses problemas estão muito próximos de serem resolvidos, isso porque, a Prefeitura de Porto Velho irá fazer um empréstimo de R$35 milhões que será investido nessa área. Ele afirma que a cidade já possui algumas frentes de trabalho que vem melhorando as calçadas e meio fio, mas ainda há muito a se fazer.