• Fundado em 11/10/2001

    porto velho, segunda-feira 23 de setembro de 2024

Prefeitura capacita profissionais de saúde para atendimento à população LGBTQIAPN+

Desenvolvido em parceria com a Associação Beradeiro, o projeto busca instruir servidores da saúde no acolhimento à população em condições de vulnerabilidade


SMC

Publicada em: 16/10/2023 09:58:17 - Atualizado

PORTO VELHO-RO: A Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), iniciou a qualificação dos profissionais para o acolhimento à população LGBTQIAPN+ que acessa as unidades básicas de saúde e a rede especializada do município. O ‘Projeto Acolher’ é desenvolvido em parceria com a Associação Beradeiro e foi criado para instruir os servidores da saúde no acolhimento à população em condições de vulnerabilidade, com ações para evitar o preconceito e a discriminação.

O nivelamento dos servidores de saúde é feito por um grupo de 45 pessoas, entre profissionais das áreas de psicologia, enfermagem e medicina, que têm alguma vivência, atuação ou desenvolvem estudos e pesquisas na temática LGBQTIAPN+. A formação é baseada na Política Nacional de Atenção à Saúde Integral LGBT+ do Ministério da Saúde (MS), e engloba, principalmente, as terminologias da comunidade como as diferenças entre identidade de gênero, orientação sexual e nome social.

Marcuce Antônio Miranda, presidente da Associação Beradeiro, explica que o projeto atua desde o letramento na área da saúde voltado para o público LGBTQIAPN+, e vai ser desenvolvido presencialmente dentro das unidades do município, para ampliar o acesso às ações e serviços de saúde direcionadas a toda essa população específica.

“O Projeto Acolher é voltado para a implementação da política de saúde integral da população LGBTQIAPN+ em Porto Velho. Nós fizemos três oficinas niveladoras com a equipe que vai conduzir, e agora estamos capacitando os profissionais que atuam nas unidades de saúde do município. A nossa primeira proposta é entrar nas unidades de saúde para desenvolver rodas de conversa e formação dos profissionais, depois vamos fazer o acompanhamento para desenvolver a aplicação dessa implementação da política de acesso, criando estratégias, agendas e ações voltadas para a população LGBTQIAPN+”, destacou.

Para observar a necessidade da população LGBTQIAPN+ e garantir que os direitos sexuais e reprodutivos sejam assegurados, o Projeto Acolher propõe alguns pilares, como um levantamento na área de cobertura das equipes de saúde que atuam em Porto Velho. Esse mapeamento visa identificar quais as principais necessidades dos usuários na rede municipal de saúde.

“Nesse projeto, nós temos algumas linhas de ações mais efetivas. A primeira é o inquérito, que é um levantamento no território das equipes das pessoas que se autodenomina integrantes do grupo LGBTQIAPN+. A partir desse levantamento, o próprio usuário vai dizer quais são os principais serviços que ele acredita ter e precisar. Porque a gente parte também da lógica de que imunização, consultas médicas, de enfermagem, são serviços para todo mundo, inclusive para essa população. Mas é possível que na visão deles tenha um serviço específico que eles queiram. Então, o inquérito é o primeiro diagnóstico para a inclusão, porque vai ser a partir do olhar dessas populações do território que a gente vai começar a montar nossas estratégias”.



Fale conosco