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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: Com a chegada do período carnavalesco, a Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), iniciou uma força-tarefa para intensificar as ações de prevenção e conscientização sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A iniciativa busca promover um carnaval mais seguro e saudável para a população.
Atividades de combate às ISTs são realizadas rotineiramente na rede municipal de saúde e intensificadas durante o período de carnaval. De acordo com a médica infectologista Maiara Cristina, as IST são frequentemente identificadas durante as consultas nos serviços de saúde em todo o ano.
“Na época do Carnaval há maior campanha de prevenção e diagnóstico das IST, supondo que haja maior exposição às práticas de risco, devido situações de vulnerabilidade pelo uso do álcool, por exemplo, ou por maior frequência de relações sexuais com parceiros eventuais, sem o uso de preservativos”, explica a médica.
ATIVIDADES
As ações de orientações aos foliões foram iniciadas no último sábado (20), durante o Baile Municipal que abriu oficialmente o Carnaval 2024 em Porto Velho. Uma equipe do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa atuou durante o evento.
Na abordagem ao folião, os profissionais de saúde informaram sobre a importância da prevenção de doenças, sendo o sexo com o uso de preservativo como a forma mais eficaz de evitar a transmissão das IST, do HIV/Aids e das hepatites virais B e C, além da gravidez.
Preservativos masculinos, femininos e lubrificantes foram distribuídos gratuitamente, bem como material impresso com informações importantes de prevenção e orientação sobre os serviços de saúde da rede municipal.
Ação semelhante também vai acontecer nos dias 3 e 17 de fevereiro, durante o desfile da Banda do Vai Quem Quer e do bloco Axé Folia. Nesses eventos, além das equipes volantes, a Semusa também contará com uma tenda de orientação sobre saúde sexual aos foliões e distribuição de preservativos.
Vanessa Correia, gerente do Núcleo de ISTs da Semusa, explica que a intensificação das ações de orientação ao folião busca atingir o máximo de pessoas possível, pois a mensagem sobre a prevenção de infecções relacionadas à prática sexual precisa ser cada vez mais propagada.
“Os números da vigilância apontam um aumento nos casos de infecções sexualmente transmissíveis. Além de oferecer diagnóstico e tratamento, a Semusa também atua na prevenção com as atividades de educação em saúde e orientações sobre o tema”, explicou a gerente.
PREVENÇÃO
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) realiza a distribuição gratuita de preventivos e lubrificantes em todas as unidades de saúde da zona urbana e rural, UPAs, sede da Semusa, Maternidade, CEM, entre outros.
Na hora de pegar esses materiais, não é necessário preencher cadastro ou enfrentar fila, também não há limitação de quantidade a ser distribuída.
OUTROS MÉTODOS
A rede municipal oferece ainda outros métodos de prevenção, como:
PrEP - Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um medicamento de prevenção ao HIV. Nesse caso, o paciente faz o uso antes da relação sexual, que permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV, que pode acontecer com o rompimento de preservativo, sexo oral sem proteção, acidentes de trabalho com objetos cortantes, entre outros.
O método está disponível no Serviço de Assistência Especializada (SAE), de segunda a sexta, das 7h às 19h.
PEP - Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma medida urgente de prevenção à infecção pelo HIV e deve ser utilizada em até 72 horas após qualquer situação com risco de contágio. O método está disponível no Serviço de Assistência Especializada (SAE), Centro de Especialidades Médicas, Maternidade Municipal, Policlínica Ana Adelaide, Policlínica Rafael Vaz e Silva, Policlínica José Adelino, Unidades de Saúde Hamilton Gondim, Castanheira e Pedacinho de Chão e nas UPAS Sul, Leste e Jaci-Paraná.
DADOS
De acordo com os dados do Departamento de Vigilância em Saúde, (DVS), em 2023 foram registrados 171 casos de hepatite B, 89 de hepatite C, 312 de HIV e 919 de sífilis.