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    porto velho, domingo 24 de novembro de 2024

Museu da Madeira-Mamoré em Guajará Mirim - Um símbolo de história em ruínas

Inaugurado em 30 de abril de 1912, o Museu da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré serviu como uma cápsula do tempo...


Por Rosinaldo Machado

Publicada em: 13/08/2024 16:58:08 - Atualizado

Foto: Divulgação

PORTO VELHO, RO: Inaugurado em 30 de abril de 1912, o Museu da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré serviu como uma cápsula do tempo, capturando as vivências e os desafios enfrentados por trabalhadores heróicos—entre eles, anônimos, índios e seringueiros—no auge da atividade ferroviária entre Guajará-Mirim e Porto Velho. Conhecido como o cartão postal da "Pérola do Mamoré", o museu foi um epicentro de cultura e história, celebrando os feitos e sacrifícios que moldaram a região.

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Após ser selado em 1972 por ordens militares, o museu só reabriu suas portas vinte anos mais tarde, em 1992, após fervorosos apelos da comunidade e intervenção política. Em 2006, a sua importância foi reconhecida oficialmente com o tombamento, celebrado com festividades e manifestações políticas que reafirmaram seu valor cultural e histórico.

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No entanto, o estado atual do museu é de cortar o coração. O que antes era um prédio resplendesntemente preservado agora jaz em abandono. As paredes, desgastadas pelo tempo, e o telhado prestes a cair são testemunhos silenciosos da negligência. 

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As peças valiosas, que uma vez narraram a rica história da ferrovia, foram subtraídas—algumas roubadas, outras abandonadas ou destruídas.

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Diante dessa deterioração, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) foi acionado, mas não respondeu às solicitações de intervenção, enquanto a prefeitura declinou responsabilidade, atribuindo a questão ao âmbito federal. Resta a pergunta: poderia o Ministério Público Federal intervir para resgatar e restaurar este marco histórico antes que sua história se perca irreversivelmente?

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O desafio é imenso, mas a importância de preservar nossa história é ainda maior. A situação do Museu da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré não é apenas uma perda cultural para Guajará-Mirim, mas um sinal alarmante de nossa capacidade coletiva de honrar e manter vivo o nosso passado.


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