PORTO VELHO, RO: Professor e historiador, o vereador Alekis Palitot, se manifestou sobre a polêmica envolvendo a cobrança de ingressos para o acesso ao museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. De acordo com ele, a cobrança é necessária, apenas o valor precisa ser negociado.

“Reconheço a importância da cobrança do ingresso para a manutenção do espaço, mas defendo que esse valor não deva ser abusivo. Me preocupo com a possibilidade de que o valor cobrado possa elitizar o acesso a um espaço que é, na verdade, um patrimônio de todos nós”, disse Alekis Palitot.

Como é sabido, a defesa do patrimônio histórico de Porto Velho é uma das pautas do vereador Alekis Palitot,  mas ao que tudo indica, desta vez, ele ficou embaraçado entre os interesses da população e da empresa  Amazonfort na cobrança dos ingressos para visitar o complexo da EFMM.

Arriscando sua biografia em pleno período eleitoral, Palilot prefere deixar a empresa atirar no bolso dos conterrâneos do que defendê-los com a veemência conhecida. 

Em uma cidade onde ainda existem milhares de cidadãos vivendo em insegurança alimentar, a cobrança de ingresso no valor de R$ 33,00 para um espaço público, reformado com dinheiro público, poderá privar muitos portovelhenses de conhecer a origem da própria cidade onde moram.

Independentemente do valor cobrado, o pagamento de ingresso à população representa a privatização da história de Porto Velho, isso após o espaço já ter recebido investimentos destinados ao poder público municipal de mais de R$ 30 milhões nos últimos anos.

E nesse passo, o Palitot, mudando de time, deixa o termo enxovalhar e joga fora o crédito de seu trabalho em favor da ferrovia.