PORTO VELHO-RO: A estiagem extrema que atinge o Rio Madeira este ano está causando uma crise sem precedentes para as comunidades ribeirinhas. Desde o início do monitoramento em 1967, o rio nunca apresentou um nível tão baixo nos meses de julho e agosto, período em que normalmente ainda manteria um volume de água razoável.

A situação, que historicamente se agravaria apenas nos meses de setembro e outubro, chegou antecipadamente, pegando os moradores de surpresa.

Com a falta de água potável, famílias que vivem às margens do Madeira, como na comunidade de São Carlos, Nazaré, Calama, no baixo Madeira,  têm sido forçadas a adotar soluções improvisadas.

Sem outra alternativa, muitos estão cavando buracos no solo em busca de água para atender às necessidades mais básicas, como higiene pessoal e alimentação.

"Temos que cavar para conseguir um pouco de água, só o suficiente para lavar a louça ou tomar um banho rápido. Tudo está sendo racionado, a situação é muito difícil", desabafa um morador local, exemplificando o impacto severo da seca na região.