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porto velho, sexta-feira 31 de janeiro de 2025
PORTO VELHO (RO) - Uma investigação promovida com o apoio da Rainforest Investigations Network, uma iniciativa que analisa a relação entre as mudanças climáticas com a corrução e governança nas florestas tropicais, financiadas pelo Pulitzer Center, apontou que o senador Jaime Bagattoli (PL) faz parte de um grupo de fazendeiros que adquirem gado oriundo de reservas ambientais da floresta amazônica.
O grupo Bagatoli, que pertence à família do Senador, opera um dos maiores negócios de confinamento de gado do país, localizado em Vilhena, região que fica no Cone Sul do estado de Rondônia.
Integram o grupo Bagattoli a fazenda Alvorada Confinamento, os postos de combustíveis Catarinense, a transportadora Giomila, os armazéns Kargioli Importação e Exportação, além do Grupo Bagattoli Divisão Agro.
Essa operação ultrapassa as cifras dos bilhões e motiva o senador a atuar, em grande maioria das vezes, em causa própria e de seus pares bilionários. No Congresso Nacional, Bagattoli é uma das vozes que pedem para que seja ampliado o direito dos fazendeiros em devastarem mais área do já atacado território protegido da floresta amazônica.
Na investigação financiada pelo Pulitzer Center, se constatou que Bagattoli adquiriu gado da Fazenda Iracema, de Nadir Ciro Comiran, que suprimiu 281 hectares de floresta entre 2008 e 2018.
De olho no governo de Rondônia, Bagattoli não esconde de ninguém que tem interesse em disputar o cargo em 2026, o que ampliaria seus negócios de forma considerável.