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    porto velho, sexta-feira 9 de maio de 2025

Braguin critica União por pedir que EUA não classifiquem PCC e CV como terroristas

Coronel Braguin critica decisão do governo federal após matéria da CNN mostrar presença do PCC em 12 estados americanos...


Redação

Publicada em: 09/05/2025 08:40:55 - Atualizado

PORTO VELHO - RO - A decisão do governo brasileiro de solicitar aos Estados Unidos que não classifiquem o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho como organizações terroristas gerou forte repercussão entre agentes da segurança pública. 

A insatisfação ganhou força após reportagem da CNN Brasil revelar que o PCC já mantém operações em ao menos 12 estados norte-americanos. Com base nessas informações, os Estados Unidos cogitam classificar as facções como organizações terroristas, o que permitiria uma resposta mais ampla e coordenada, com bloqueio de ativos, cooperação internacional e prisões com base em leis antiterrorismo.

Para comandante da Polícia Militar de Rondônia, Cel. Regis Braguin, a medida representa mais um entrave no combate ao crime organizado — e simboliza o distanciamento entre o discurso político e a realidade das ruas.

Régis Braguin, se manifestou publicamente em vídeo pelas redes sociais e classificou a postura do governo federal como um retrocesso. “Essa atitude é mais um balde de água fria sobre as forças de segurança. O PCC e o Comando Vermelho não são mais organizações criminosas comuns. São estruturas armadas, com domínio territorial e influência internacional. Isso sim é terrorismo”, afirmou o comandante.

“Somos o escudo da sociedade. Essa decisão sobrecarrega ainda mais o nosso trabalho”, afirmou o primeiro homem na hierarquia da PM de Rondônia. Segundo ele, as facções atuam de forma estruturada e armada em diversas regiões do Brasil, dominando territórios e desafiando a presença do Estado.

Braguin defendeu que a classificação internacional fortaleceria a repressão financeira, a atuação da inteligência e a articulação entre países. “Negar isso é fechar os olhos para a realidade que enfrentamos nas ruas. Enquanto os Estados Unidos querem agir com firmeza, o Brasil adota uma posição política que enfraquece quem está na linha de frente.”

O comandante também mencionou o modelo adotado por Nayib Bukele, presidente de El Salvador, que desde 2019 trata facções como terroristas e criou o Centro de Confinamento de Terroristas (CECOT), obtendo como resultado mais de 900 dias sem homicídios no país. “Lá houve coragem para enfrentar o problema. Aqui, ainda se escolhe o caminho do discurso”, criticou.

A decisão do governo brasileiro ainda não foi oficialmente explicada, mas já reacendeu o debate sobre o papel do Estado diante da expansão do crime organizado. Para os que enfrentam essa realidade no cotidiano, a omissão política tem um preço alto: vidas, soberania e credibilidade institucional.

VEJA O VÍDEO GRAVADO PELO COMANDANTE:



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