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    porto velho, segunda-feira 13 de outubro de 2025

Esquerda reorganiza fileiras e Confúcio ensaia candidatura com Gurgacz de Vice

Agora, com o tabuleiro de 2026 começando a se mover, a esquerda rondoniense tenta reconstruir sua base e provar que ainda tem fôlego para disputar...


Redação

Publicada em: 12/10/2025 09:56:46 - Atualizado

PORTO VELHO - RO -  Depois de um longo período à sombra do bolsonarismo, os partidos de esquerda em Rondônia voltam a se articular. A “Caminhada da Esperança”, realizada na semana passada em Ji-Paraná, na semana passada, e liderada pelo senador Confúcio Moura (MDB), marcou o início de um movimento que vai muito além de uma simples mobilização política: o ato ensaiou uma pré-candidatura de Confúcio ao Governo do Estado, tendo como possível vice o empresário Airton Gurgacz-PDT.

Nos bastidores, a composição é tratada como quase certa, embora o próprio Confúcio — fiel ao seu estilo — deva negar até o último dia de prazo permitido por lei para a consolidação das candidaturas.

O evento serviu de ponto de partida para reanimar a militância e reacender o debate sobre o futuro político da esquerda em Rondônia. O movimento reúne siglas como PT, PDT, PSB, MDB, PCdoB, Rede e Psol, além de outras pequenas legendas que, após anos de retração, buscam recuperar protagonismo.

Dois novos encontros já estão agendados: o primeiro em Guajará-Mirim, no dia 17, e o segundo em Cacoal, no dia 25, uma das cidades mais conservadoras do Estado. O objetivo é traçar estratégias conjuntas e, principalmente, definir nomes competitivos para a disputa ao Governo e ao Senado.

O desafio é grande. Na eleição presidencial de 2022, o presidente Lula, embora eleito nacionalmente, teve em Rondônia menos votos que o direitista Jaime Bagattoli, então candidato ao Senado. Ainda assim, a petista Fátima Cleide obteve quase 29 mil votos para a Câmara Federal — ficando de fora apenas por questões de legenda — e tornou-se símbolo da resistência progressista no Estado.

Agora, com o tabuleiro de 2026 começando a se mover, a esquerda rondoniense tenta reconstruir sua base e provar que ainda tem fôlego para disputar espaço em Rondônia, no coração conservador da Amazônia, na ‘esperança’ de nessa caminhada, vencer o bolsonarismo enraizado no Estado.


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