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porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024
BRASIL - Neste ano de 2018, espera-se a abertura de 162 mil vagas na administração pública, quase o dobro das 85 mil oportunidades oferecidas em 2017. Há cargos em todo o país, no Legislativo, Executivo e Judiciário, e a remuneração pode ultrapassar os R$ 20 mil.
De acordo com a Associação Nacional de Proteção e Apoio ao Concurso Público (Anpac), responsável pelo balanço dos certames, o crescimento no número de postos públicos de trabalho tem relação com a necessidade de recomposição do quadro efetivo, defasado depois de três anos de vacas magras no setor público.
Neste ano, o governo federal anunciou que destinará R$ 600 milhões do orçamento para concursos públicos. Os mais esperados pelos candidatos são o do Ministério Público da União (MPU), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF) e Receita Federal.
“A ideia é que já tenham concursos com editais publicados no comecinho de 2018. É também provável a publicação de editais este ano para que as provas ocorram em 2019”, explica o presidente da Anpac, Marco Antônio Araújo Junior. Segundo ele, embora a demanda por concursos estivesse represada, a disputa deve ser menor com o aumento das vagas. “A tendência é de que a concorrência diminua com o aumento de vagas”, ressalta. A exceção são certames tradicionais, como os do TJ, PRF e PF, sempre muito concorridos.
A crise mudou o perfil do concurseiro, incluindo parcela significativa de pessoas que ficaram desempregadas durante a crise e resolveram buscar estabilidade, e investiram o dinheiro da rescisão do contrato de trabalho em cursos preparatórios e materiais de estudo. A Anpac considera que o fato de 2018 ser um ano eleitoral não vai interferir na oferta.
A legislação limita a nomeação, contratação ou admissão do servidor público no período entre os três meses anteriores ao pleito até a posse dos eleitos. Concursos homologados antes desse prazo podem nomear normalmente candidatos.