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    porto velho, sábado 23 de novembro de 2024

“Flor do Maracujá não terá quadrilhas e bois bumbás da Federon”, diz presidente

"Não houve respeito com a Federação", complementa o jornalista e folclorista Sílvio Santos (Zekatraca) em entrevista ao programa


Jaqueline Alencar / Rondonoticias

Publicada em: 01/06/2019 12:05:12 - Atualizado

PORTO VELHO RO - O Programa a Voz do Povo, apresentado pelo jornalista e advogado Arimar de Souza Sá ao vivo de segunda-feira à sexta-feira do meio-dia às 13 horas na capital em pela Rádio Caiari 103,1 e pela Antena FM em Rede Estadual, recebeu nessa sexta-feira (31), o presidente da Federação de Quadrilhas e Bois Bumbás de Rondônia (Federon) Fernando Rocha jornalista e folclorista Sílvio Santos, o Zekatraca.

Na entrevista, o presidente da Federon reforçou que o Arraiá Flor do Maracujá, a maior festa folclórica de Rondônia e um das maiores do Brasil, marcada para ser lançada nesse domingo (02) no Porto Velho Shopping, não contará com apoio da Federação e conseqüentemente, “sem apoio das quadrilhas e bois bumbás, porque não houve respeito com a Federação”, complementou Silvio Santos, acrescentando que “Em todos os meus anos de incentivo à cultura, nunca vi tanta união dos grupos em apoio à Federon, e sem eles, a festa não acontece”.

A 38ª edição oficial do evento está marcada para acontecer de 28 de junho a 7 de julho este ano, no Parque dos Tanques em Porto Velho, e a decisão, da Federon de não participar, -noticiada na última quinta-feira (20) -, segundo Fernando Rocha, aconteceu depois de um impasse entre a Federação e a Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel).

No programa, ele explicou que os preparativos para a festa nos dois segmentos iniciaram logo após o Carnaval, mas, infelizmente, por depender de apoio dos órgãos públicos, acabou no “entrevero” como preferiu classificar Silvio Santos.

“Na marra”

De acordo com Fernando Rocha, o problema já vinha ocorrendo desde 2014, quando o Governo do Estado sinalizou que não apoiaria o Flor do Maracujá devido as enchentes. Desde então, o evento vem sendo realizado “na marra”, pois, segundo ele, a Sejucel não vem se preparando para estas festas que são tradicionais no estado.

Para realizar o Flor de Maracujá à altura do que o público merece, o presidente explicou que é necessário infraestrutura adequada composta de: arquibancada, palco com som e iluminação, grades de proteção, tendas e banheiros, que geralmente é de responsabilidade do Governo do Estado. A organização das competições, das barracas, parque de diversões e outros serviços ficam à cargo da Federon.

Porém, a Sejucel não concordou com a forma como vinha sendo conduzida a organização da festa e acabou resultando no impasse. Diante do ocorrido, restou a Federação, que sempre foi responsável pela organização do evento, não participar da edição de 2019 e buscar parceria privada para a realização do Primeiro Arraial dos Arraiais da Federon, inicialmente previsto para o mês de agosto.

“Um evento bem organizado precisa de tempo. O único apoio concreto para a realização do Flor do Maracujá até agora, é do deputado federal Léo Moraes (Podemos) através da Caixa Econômica no valor de R$ 40 mil, o que inviabiliza a realização”, afirmou, acrescentando que A Sejucel alega que são necessários R$ 513 mil para realização da festa, “Mas com recursos próprios que são dos expositores e apoiadores, sempre realizamos o evento com pouco mais de R$ 100 mil”.

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