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CRÔNICA - NUTRIR BEM, PARA VIVER MELHOR - Arimar Souza de Sá


Publicada em: 30/09/2019 10:15:13 - Atualizado

CRÔNICA DE FIM DE SEMANA
NUTRIR BEM, PARA VIVER MELHOR
- Arimar Souza de Sá

“Não venhas a ficar entre os beberrões de vinho, entre os comilões de carnes. ”
Provérbios 23:20;21

A bíblia não é um manual de medicina, mas Deus, em seus ensinamentos, nos incentiva a cuidar do corpo e tomar medidas razoáveis para proteger a saúde.

O livro Santo aponta a gula como um dos 7 pecados capitais, e olha que forte diz o Proverbio 23-20-21: “não estejas entre os bebedores de vinho, nem entre os comedores de carne. Porque o beberão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência vestirá de trapos o homem”.

De acordo com a sabedoria dos hindus - (um dos povos mais importantes da Ásia), a gula é o amor desordenado de todo tipo de excesso, sejam eles relacionados a comidas, bebidas e outros.

Venho, das vertentes da história, com o propósito de demonstrar que a preocupação com a saúde humana em estágios que remontam a criação do mundo, transitou entre Deus e a decisão dos homens.

Na ventania secular de avanços e recuos, permeia a ação humana entre alimentar-se bem para manter a saúde em dia.

Houve tempo em que a esperança de vida dos povos modernos não passava de 40 anos. No brasil de hoje, esta perspectiva dobrou. Tem muita gente já se cuidando, mas precisamos avançar.

Nos escaninhos da história dos povos, a peste negra na Europa, a malária, a febre amarela, e outras doenças tropicais, eram as molestadoras de vida na terra.

Em várias partes do mundo os médicos sanitaristas lutaram bastante para debelar as pestes urbanas causadas pelo desasseio dos homens. Tanto é verdade, que ali por volta de 1943/1947, um grupo de sanitaristas dos centros mais adiantados do país, estiveram em Porto Velho e Guajará Mirim, com visitas a instalação, em todas as casas, das famosas “sentinas”. Tudo para dizer que a saúde é importante para o homem, desde priscas eras.

Hoje, estamos nos tempos da nutrição, do cuidar de si para viver melhor, e barrigudos, diabéticos, cardíacos e outros, compõem a lista dos que precisam de tratamento curativo emergente. Quem ainda não está lista, favor entrar na fila.
O processo preventivo cabe a todos nós. Por isso, vamos considerar a nutrição, com o fator primordial para a saúde do corpo nos tempos de hoje.

Não nos deixemos ser sequestrados pelo ócio e pela gula, lembrando que os porcos engordam porque não se movimentam e comem muito.

Na verdade, a ausência de uma nutrição balanceada, leva principalmente os jovens a se empanzinarem com os famosos fastfoods e refrigerantes açucarados, e o resultado mais tarde, não é outro, é serem adultos obesos, e isso é lastimável, é caso de saúde pública, sem providências até agora.

Colocar em nossa agenda a visita a um nutricionista, é como fazer uma pequena curva para evitarmos de encontrar rígidos médicos, “batendo cabeça”, para a cura de nossos excessos.

Os romanos já afirmavam “mens sana in corpore sano” (Uma mente sã em um corpo são). É que eles sabiam que a saúde do corpo físico depende do equilíbrio espiritual.

O poeta romano Juvenal (II a.C) escrevia sobre a sociedade romana e seus costumes e assim, se expressou na Sátira X, in verbis:

“Deve-se pedir que se tenha mente sã num corpo são,
Embora, ao revés, tu peças algo mais e prometas, nos templos, as entranhas e as linguiças divinas dos porcos brancos ”, pontuou.

Parece até, que nesse imbróglio, misturei a mente com o corpo. Fi-lo, sem tergiversar. A questão dos excessos de alimentos ou a falta deles, passa pelo fortalecimento do espirito. É que espirito fraco, sucumbe a qualquer vendaval. Eu próprio, ando fraquejando com os meus excessos, diante de um pudim cheio de furinhos.

Por outro lado, seria desejável que a juventude de Rondônia se iludisse pela verdade e se conscientizasse da importância nutricional, jogasse na lata do lixo hábitos estranhos e já incorporados ao cotidiano e se engajasse no front nacional pela saúde, na construção de homens e mulheres bonitas pela via do cuidado pessoal? Afinal, cada um sabe “a dor e a delícia de ser o que é”.

Como seria interessante, também, criar-se um departamento específico nas secretarias de saúde de Rondônia, para orientação dos idosos em suas casas ou asilos, as crianças nas creches, escolas, para evitar o ante peso ainda na idade juvenil?

Como seria prudente, por fim, colocar-se como meta: Nutrição saudável para viver, levantando-se a situação atual, onde se medisse a média de peso dos jovens de 12 a 20 anos, para sinalizar o sobrepeso e sugerir correções para evitar um amanhã tão sombrio?

Outras observações poderiam ser sugeridas, como criar uma matéria nas escolas de 1º grau, a fim de ensinar as crianças a terem hábitos saudáveis e se alimentarem corretamente. Ou então, de iniciativa dos próprios diretores de escolas, a vigilância perene com a presença trimestral de médicos atendendo no pátio dos próprios colégios.

Enfim, para que se instale uma politica nutricional, é preciso compreender a vida, a origem da gula, gostar-se de si, e ser pela vida, um condutor de que, se nutrindo bem, se viverá mais, sua vida será maior, melhor o seu sorriso resplandecerá, e a felicidade, nem se diga...AMÉM!

P.S. Depois dessa, o cinto apertou, já desprezei o irresistível pudim neste sábado, e marquei nutricionista na segunda. Vamos?



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