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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
O QUE FOI FEITO DE NOSSAS PRAÇAS?
Cadê as árvores, cadê as flores, cadê
as cores que matizavam nossas praças?
Onde imperava a alegria, as brincadeiras,
a algaravia, o lúdico, o singelo e o belo,
elixires d'alma...
Onde outrora homens elegantes e mulheres glamourosas palmilhavam, com garbosas
passadas, essa arquitetura espaçada, esses
templos a céu aberto consagrados a diversão
e a liberdade!
Os cantinhos escurinhos, os casais
enamorados querendo congelar o tempo, com
olhares concupiscêntes e o corpos ardorosos, amalgamados...
Sob a complacência das estrelas, as almas
Entrelaçadas...
Nossos velhinhos jogando cartas, dominó ou simplesmente conversa fora...
Relembrando os tempos idos ou aqueles
amigos que já foram embora...
Os vendedores de algodão doce, sorvetes, as guloseimas, o estourar das coloridas pipocas
As babás e os bebês, os engraxates, o homem
da cobra, com seus truques de ilusionismo,
extasiando, assombrando a meninada!
Os chafarizes luminosos, fontes d'água e de luz...
O coreto, as bandas, as cantorias, as danças,
o teatro de bonecos, os menestréis, a poesia
e o violões enluarados...
O que foi feito dos risos em profusão, o que foi
feito dos finais de semana, o nosso povo
em esfuziante ebulição?
A cidade perdeu seus fulgores, suas referências, sua graça...
Cadê nossos citadinos palcos iluminados,
cadê, cadê, o que foi feito de nossas praças?
Marcus Mendonça Danin
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