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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
O GOLPE MILITAR EM RONDÔNIA, PARTE II
- A chegada do capitão Anachreonte em Porto Velho, naquele 24 de abril de 1964, mudou a rotina da cidade.
A força militar era a 3a. Cia. de Fronteira Acre/Rondônia, CFAR, cujo comandante era o 1o. tenente Aguiar. Mas este seria substituído por um oficial da confiança do capitão-interventor que trouxe o 1o. tenente Hélio de Araújo de Oliveira e Silva, que lhe daria o apoio militar necessário.
Depois de se entender com os irmãos Euro e Luiz Tourinho, do jornal Alto Madeira, o capitão Anachreonte partiu para assumir o governo.
O Dr. Eudes Camponizzi era o governador interino.
Havia assumido no dia 3 de abril devido á viagem do coronel Abelardo Alvarenga Mafra ao Rio onde foi preso.
Mas ele sabia que o presidente Castelo Branco havia nomeado um novo governador para o Território Federal de Rondônia, o coronel José Manuel Lutz da Cunha e Menezes.
O que ele não sabia é que o regime havia mandado o capitão Anachreonte Coury Gomes, que servia em Manaus, para fazer o serviço sujo e 'limpar o terreno' prendendo ativistas de esquerda.
Só tomou conhecimento da situação ás 21 horas do dia 24 de abril, quando recebeu aquele militar alto, arrogante, que lhe ordenou para alegar um resfriado, uma dor de cabeça qualquer, e ir pra casa.
O Golpe Cívico-Militar havia se instalado no Palácio Presidente Vargas, Porto Velho, Rondônia.