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    porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024

CRÔNICA DE FIM DE SEMANA: Tributo aos Irmãos da Noite - por Arimar Souza de Sá


Rondonoticias

Publicada em: 25/03/2018 11:30:02 - Atualizado

TRIBUTO AOS IRMÃOS DA NOITE – Por Arimar Souza de Sá

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Eles são os estradeiros do amor na olimpíada que se trava nas madrugadas entre homens e mulheres que se confraternizam, vivendo o lazer justo, o justo lazer, devido aos mortais.
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É ali, no periférico, onde fervilha a alma da noite, no vai e vem de conversas alegres, de ruídos, de trocas de ternuras, beijos e carícias, que eles, os “IRMÃOS DA NOITE ”, atuam como verdadeiros soldados do amor.

Enquanto milhares de pessoas se divertem, jogam conversa fora, outros ficam de pileque, eles cantam, se agitam de um lado para o outro, servem às mesas, cuidam de carros, outros dão duro na cozinha, suam a camisa na faina noturna pela sobrevivência humana.

Como verdadeiros intérpretes desse outro lado da vida, são os nossos parceiros, os nossos cúmplices nos limites de nossas fantasias, nas tempestades que inventarmos para abrir as janelas de nossos corações e espairecer da vida agitada.

Na aeronave que embarcamos nos finais de semana, nós, os amantes da noite, se pudéssemos aterrissar nos corações das mulheres cantoras, descobriríamos que em cada um deles, há um ser, como todos nós, querendo ser feliz.

De certo, encontraríamos corações em chamas já que, quando construímos o amor, erigimos dentro de nós mesmos um edifício de emoções.

Haveríamos, sobretudo de encontrar, corações que pulsam, pululam acelerados, que gemem e se agitam que pisam forte no acelerador do destino, desejando logo estar em paz com o sucesso na sua profissão.

Nessas noites de incríveis fantasias, “parceirizamos” no caminho com os amigos cantores: Gilson Canuto, Baaribu Nonato, Dimarcy Menezes, Ernesto Melo, Lito Casara e Nicodemos, Telêmaco, Erivaldo Almeida, Marcos Terço, Marfiza, Elder Guimarães, Beto César, Gioconda Triverio, Carol Aguiar, Taiguara Martins, Ageu Rios, Electo Azevedo, Tom Brito, Valter Pinheiro, Eduardo Tavernard, Rogério Cabral, Caté Casara, Eleíldo, Adazir & Edgley, Eduardo Oliveira, Néia Moreno, Keyla Castro, Téo & Bira, Gustavo Erse, Honório, Beto Sales, Mary Santos & Renato, Roberley Belino, Carlos Guery, Danilo Monteiro, Diego Bentes, Charlene Marques, Bado, Zezinho DosCobras, CeissaFarias, Anayole Eba e Priscila, ouvindo-os soltar a voz e deixá-la chegar de mansinho em nossos corações, muitas vezes até apaixonados, noutras tantas, curtindo a fossa, a solidão cruel.

Essas incríveis criaturas, operárias da boa música, são partes expressivas de nossa constelação local.
E na simbiose musical, somos e estamos juntos, artista e público, num mesmo oceano dessa nau imensa da vida. São eles, inexoravelmente, os refletores do inconsciente coletivo a produzirem os estímulos necessários à alegria dos vivos.

Com eles, na grande farra da ilusão, mergulhamos fundo nos rios de nossa imaginação para arrancar – também – lá do fundo, o diamante que tanto perseguimos: A felicidade plena.

Para estes grandes parceiros, tidos e festejados, mas sem o devido reconhecimento, sugiro que criemos em Porto Velho, um dia especial para homenageá-los, quem sabe um dia, em pleno verão rondoniense, que se chamaria: O DIA DA NOITE.

Neste dia, eles desceriam dos palcos e sentariam às mesas e nos ouviriam cantar, para receberem, como recebemos deles, os eflúvios dessa magia que somente eles sabem transmitir...

Dizer mais, falar dos "IRMÃOS DA NOITE", seria o mesmo que entrar nos contos de fadas, no mergulho profundo do passado, porque alegrando homens e mulheres às vezes eles também declamam, quem sabe até poderia ser algo da minha própria lavra como, por exemplo:

Que as mulheres de raças e cores,
De cores das cores, sejam sempre mulheres.
Que as mulheres bonitas ou feias, mulheres,
Mulheres sejam.

Porque nas noites infinitas, os homens as amam e são amados.
E nossos "IRMÃOS DA NOITE" amam também, ao amanhecer é claro. Por que o dia deles é a noite dos outros.

E como nos sonhos, porque eles também sonham, deverá haver no coração de cada um deles a preferência por um cantor regional.
Quem sabe, pode até ser eu. Credo! Aí já é pretensão demais!

E assim caminha a humanidade!
AMÉM!


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