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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL: A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar novo recorde em 2023, totalizando 299,7 milhões de toneladas, de acordo com a estimativa de março do LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), divulgado nesta quinta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileira de Geografia e Estatística).
Se confirmada, a safra de 2023 será 13,9% maior do que a obtida em 2022 (263,2 milhões de toneladas), crescimento de 36,5 milhões de toneladas. Em relação a fevereiro, a estimativa registrou alta de 0,5% (1,6 milhão de toneladas). A expectativa é de recorde nas produções de soja e milho.
A pesquisa mostra ainda que a área a ser colhida deve ser de 76,1 milhões de hectares, crescimento de 3,9% frente à área colhida em 2022, com acréscimo de 2,9 milhões de hectares. Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou um crescimento de 266.717 hectares (0,4%).
Carlos Barradas, gerente do LSPA, explica que o clima favorável na maioria dos estados produtores, assim como os preços, leva os produtores a ampliar a área plantada. "Na primeira safra, ele aumenta a produção da soja; na segunda, a do milho. Essa é a segunda maior estimativa e recorde da série histórica", prevê.
"A produção de milho e de soja também são recordes. Mas tivemos um declínio de 1,8% na estimativa de produção do arroz devido a problemas climáticos no Rio Grande do Sul. Também houve declínio na produção de soja e milho no estado, mas que foi compensado pelo aumento da produção no Mato Grosso e no Paraná”, completa Barradas.
Outro destaque é o aumento de 13% na estimativa de produção do trigo devido ao aumento na estimativa do Paraná, um grande produtor de trigo ao lado do Rio Grande do Sul. “Devido à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, dois grandes produtores, está havendo oportunidades para o aumento da produção e das exportações do trigo brasileiro. O Paraná aumentou em 33,2% a estimativa da produção do trigo, devido a um aumento de 14,1% na área e de 16,8% na produtividade”, afirma Barradas.