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    porto velho, quinta-feira 26 de dezembro de 2024

Ataque especulativo contra real não representa bem situação, diz Galípolo

Futuro presidente do Banco Central diz que depreciação cambial é uma reação natural do mercado ao cenário econômico do Brasil...


Patrick Fuentescolaboração para a CNN , São Paulo

Publicada em: 19/12/2024 18:40:52 - Atualizado

Foto: Reprodução

O futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse, nesta quinta-feira (19), que não vê um ataque especulativo contra o real.

Durante coletiva, o atual diretor de Política Monetária afirmou que depreciação cambial é uma reação natural do mercado ao cenário econômico do Brasil.

“Não é correto tratar o mercado como um bloco monolítico, como se fosse coordenada andando em um único sentido. Toda vez que há uma mobilização em torno de um ativo há vencedores e perdedores. Então falar que há um ataque especulativo coordenado não representa bem.”

O futuro do presidente do Banco Central também afirma que “não há bala de prata” para o problema fiscal do Brasil no curto prazo.

“Todos sabem. Mercado e academia sabem que é difícil apresentar qualquer tipo de plano fiscal que seja bala de prata, que vai dar conta de endereçar todos os problemas no curto prazo. Sinto isso na conversa que tenho com o presidente Lula e com o ministro Fernando Haddad o reconhecimento do diagnóstico de que existem problemas fiscais a serem endereçados no país”, afirmou o diretor de Política Monetária.

O diretor de Política Monetária foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sobre isso, Galípolo disse que vai “lidar com questões políticas”, caso seja pressionado por parte do governo para reduzir os juros.

“A gente vai lidar com questões políticas. É absolutamente legítimo que todos tenham opiniões. Elas podem ser transmitidas no jornal, podem ser transmitidas em redes sociais […]. Todo mundo tem o direito de opinar sobre isso. A decisão é feita com data marcada na reunião do Copom pelos nove diretores”, disse.

A gestão de Roberto Campos Neto, atual presidente Central, foi marcada por críticas por parte do governo na conduta dos juros. Campos Neto foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


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