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porto velho, terça-feira 18 de março de 2025
BRASIL: Os beneficiários do Bolsa Família começam a receber os depósitos referentes ao mês de março nesta terça-feira (18). As datas são definidas pelo MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), e o pagamento ocorre segundo o último dígito do NIS (Número de Identificação Social), que consta no cartão do programa entregue a cada família.
Com o início de mais uma rodada de pagamentos, o governo alerta que os beneficiários têm direito de receber o valor integral, sem precisar pagar por isso ou comprar qualquer tipo de produto. Além disso, crianças e adolescentes devem estar frequentando a escola e passar pelo acompanhamento obrigatório nos postos de saúde.
Quem quiser receber o Bolsa Família precisa, antes de tudo, estar inscrito no Cadastro Único, com os dados corretos e atualizados.
Para ter direito ao programa, a renda de cada pessoa da família deve ser de, no máximo, R$ 218 por mês.
Por exemplo, se apenas um integrante de uma família de sete pessoas recebe um salário mínimo (R$ 1.518), a renda per capita será de R$ 216,85. Com isso, a família estará apta a participar do programa.
Para receber o benefício, as famílias precisam cumprir algumas condicionalidades, como:
As famílias beneficiárias do programa recebem pelo menos R$ 600 mensais. Além disso, o governo federal tem alguns benefícios complementares, a depender da composição da família.
Todas as crianças da família com idade entre 0 e 6 anos recebem R$ 150, enquanto todas as pessoas gestantes, nutrizes (que amamentam um bebê), crianças e adolescentes de 7 a 18 anos da família recebem um adicional R$ 50.
O programa ainda tem a chamada regra de proteção do Bolsa Família, que permite que beneficiários com aumento de renda, desde que não ultrapasse meio salário mínimo por pessoa (R$ 706), continuem no programa por até dois anos. Nesse período, a família recebe 50% do valor do benefício, desde que cumpra as demais regras do programa.
O MDS lança nesta terça-feira a edição de 2025 do plano que busca intensificar o combate a fraudes em programas sociais, como o Bolsa Família, e no Cadastro Único, a principal ferramenta para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais do governo federal. A iniciativa está estruturada em três eixos, com ações estratégicas.
O plano deste ano também prevê uma parceria com a Polícia Federal, cuja expectativa é fortalecer a segurança do sistema e coibir irregularidades, como o uso de CPF falsos, ataques hackers e a disseminação de fake news relacionadas aos programas de transferência de renda.
Na semana passada, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, enviou um ofício ao presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), e ao presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento), Julio Arcoverde (PP-PI), propondo um corte de R$ 7,7 bilhões do Bolsa Família para o Orçamento deste ano.
No ofício, Tebet afirmou que o corte foi necessário “considerando novas necessidades identificadas pelo governo federal” desde o envio do projeto de lei do Orçamento de 2025.
Segundo o relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA), a medida deve servir para coibir fraudes no programa.
“O governo está propondo um corte de R$ 8 bilhões do Bolsa Família, que é uma maneira de sanear, de iniciar o saneamento do Bolsa Família. Famílias que recebem pai, filho, mãe, então é uma maneira de iniciar o ajuste. É uma medida até impopular, mas eu acho que é necessária para acabar com fraudes”, disse Coronel.